Dínamo Brest – BATE Borisov (Taça da Bielorrússia)
Quatro depois após o mais recente compromisso entre si, BATE Borisov e Dínamo Brest voltam a estar frente a frente, desta feita na decisão da Taça da Bielorrússia. Há dez anos que o BATE não conquista o segundo troféu mais importante daquele país.
Análise Dínamo Brest
Vida (muito) difícil para o campeão em título Dínamo Brest, a “anos luz” daquilo que apresentou na temporada passada. Decorridas dez jornadas, o campeão em título tem definhado nos lugares intermédios da pauta classificativa e já dista nove pontos do líder BATE Borisov. A meio da semana que agora finda, o Brest teve uma oportunidade de ouro para encetar uma aproximação ao maior rival, mas perdeu em casa por três bolas a uma e viu o BATE dilatar a vantagem que já ostentava. Face à diferença pontual e aos sinais que a equipa tem dado, só um “milagre” poderá guiar o Dínamo Brest à renovação do título de campeão bielorrusso, pelo que a época se joga nesta final da Taça, também frente ao BATE.
Detentor de apenas um título de campeão bielorrusso em contraponto com o palmarés impressionante do BATE, curiosamente, o Dínamo apresenta melhor registo na Taça (três conquistas) que o BATE (duas). De resto, duas das três últimas edições da Taça foram precisamente conquistadas pelo Dínamo, conjunto que para chegar à decisão da atual edição da competição teve que bater o FK Minsk, o Isloch e o Shakhtyor Soligorsk, este último, atual detentor do troféu. Neste percurso que englobou cinco jogos, note-se que o Dínamo venceu apenas dois.
Sergey Kobvalchuk tem uma árdua tarefa em mãos: motivar a equipa após um desaire tão recente com o principal rival. Para piorar a situação, o Dínamo perdeu os últimos dois encontros que disputou. É certo que uma final de Taça, por tudo aquilo que a envolve, é algo de galvanizador por si só, mas os jogadores do Dínamo terão que subir de produção tanto em termos defensivos quanto ofensivos se quiserem ter melhor sorte que no confronto com o BATE a meio da semana. A permeabilidade do setor mais recuado da equipa de Brest preocupa.
Onze provável: Pavlyuchenko, Pavlovets, Vitus, Gabi, Kusylak, Noyok, Savitskiy, Yuzepchuk, Gordeichuk, Milevskyi, Laptev
Análise BATE Borisov
O BATE quer orquestrar um feito que não alcança desde 2010: juntar à conquista do campeonato à da Taça. Um ano depois de ter visto o Dínamo interromper a sua hegemonia impressionante, sem paralelos na realidade europeia, o BATE ambicionar conquistar as duas principais competições internas e a verdade é que está no bom caminho. Após um início de campanha turbulento em que a liderança de Alsheuskiy chegou a estar em causa, o BATE voltou a ser tão dominador quanto se perspetivava no início da época e lidera agora com quatro pontos de avanço em relação ao “trio” Shakhtyor – Torpedo – Energetik. O BATE é indiscutivelmente melhor que qualquer um destes adversários e se já era tido como favorito a arrebatar o título de campeão, a cada semana que passa, as certezas ganham força, também por inépcia da concorrência.
A equipa de Borisov chega a esta final em “estado de graça”, dado que ainda na última semana foi vencer o rival Dínamo a Brest, vitória que correspondeu a uma forte “machadada” nas aspirações do ainda campeão em título. O BATE conquistou a sua sexta vitória consecutiva, respira confiança e entra nesta final disposto a assumir as despesas do jogo para poder erguer o troféu após o apito final. A vitória em Brest corresponde a um enorme “boost” de confiança para o BATE à entrada para este desafio e Alsheuskiy deverá manter praticamente todo o onze que foi a jogo a meio da semana.
Onze provável: Chichkan, Filipenko, Volkov, Nastic, Filipovic, Yablonskiy, Dragun, Stasevich, Baha, Nekhaychik, Skavysh
Dica de Prognóstico
O favoritismo está todo do lado do BATE Borisov, sobretudo após o desfecho do encontro de há quatro dias atrás. Ainda assim, por se tratar de um contexto de decisão, optamos por um mercado de golos, parecendo-nos possível que ambas as equipas cheguem ao golo.
