Dinamarca – Portugal (Liga das Nações)
O Parken, em Copenhaga, recebe o primeiro encontro da seleção nacional em 2025. A capital dinamarquesa serve de palco à primeira mão dos inéditos quartos de final da Liga das Nações, competição cuja primeira edição foi conquistada precisamente pela equipa portuguesa.
Análise Dinamarca
Campeã continental de forma absolutamente singular há 32 anos atrás, a seleção dinamarquesa tem vindo a “defender” e consolidar a sua imagem no plano europeu de forma bastante meritória.
Apurada para o “mata-mata” das últimas duas edições do Europeu e presente nos Campeonatos do Mundo da Rússia (2018) e do Qatar (2022), a equipa do norte da Europa tem sido presença assídua nas fases finais e conta, aos dias de hoje, com rostos bem conhecidos do público nacional: o benfiquista Alexander Bah está lesionado e portanto arredado das escolhas, mas os sportinguistas Morten Hjulmand e Conrad Harder integram a convocatória para este duplo compromisso com Portugal.
Ainda que vários furos abaixo da equipa portuguesa no plano teórico, os dinamarqueses estão efetivamente munidos de boas soluções e entre as oito melhores seleções da presente edição da Liga das Nações – que contou com mudanças do ponto de vista competitivo. Para chegar aos quartos de final, a Dinamarca foi mais forte que as congéneres de Suíça e Sérvia, terminando no entanto atrás da campeã europeia Espanha por larga margem, no Grupo 4.
Na primeira fase da prova, disputada entre os meses de setembro e novembro de 2024, à equipa agora treinada por Brian Riemer – está há apenas dois jogos no cargo – valeram os desempenhos caseiros, já que seis dos oito pontos conquistados foram somados precisamente no Parken, cortesia das vitórias diante de Suíça (2-0) e Sérvia (2-0). Já no terceiro e último jogo perante os seus adeptos, a Dinamarca perdeu com a seleção espanhola por duas bolas a uma. Ainda assim, o bom registo caseiro não deixa de servir de aviso à equipa nacional.
Riemer tem escalonado a Dinamarca a partir de um sistema de 1x4x3x3 e é expectável que mantenha a aposta neste desafio. Hojbjerg, O’Riley e Dolberg são as principais ausências da convocatória.
Onze provável: Schmeichel, Kristensen, Andersen, Vestergaard, Maehle, Hjulmand, Norgaard, Eriksen, Lindstrom, Damsgaard, Hojlund
Análise Portugal
A seleção portuguesa encara o duplo compromisso com a homóloga dinamarquesa de olhos postos no apuramento para a “final-four” da competição.
O favoritismo está todo do lado da equipa nacional: dispõe de melhores argumentos a todos os níveis e, mesmo que as coisas não corram tão bem quanto o desejado na primeira mão, o segundo desafio terá lugar em território nacional, nomeadamente em Alvalade.
Na primeira fase da competição, integralmente disputada após a última edição do Campeonato da Europa, a seleção nacional terminou o Grupo A na condição de líder, sem derrotas e com seis pontos “à maior” em relação à segunda colocada Croácia. Mesmo sem impressionar do ponto de vista exibicional, sobretudo se tivermos em conta a quantidade de talento na lista elaborado por Roberto Martínez, a seleção foi sempre suficientemente competente para rubricar um trajeto sem grandes sobressaltos e ao longo do qual a sua superioridade nunca foi realmente posta em causa.
Sem “ausências de peso” nos convocados de uma lista que continua a ser encabeçada por Cristiano Ronaldo, a seleção portuguesa de tudo fará para selar o apuramento com duas vitórias, a primeira delas, já no Parken.
Onze provável: Diogo Costa, Dalot, Rúben Dias, Veiga, Nuno Mendes, Vitinha, Rúben Neves, Bruno Fernandes, Pedro Neto, Rafael Leão, Ronaldo
Dica de Prognóstico
A seleção nacional quer confirmar o seu favoritismo e estar na “final-four”, prepara-se para alinhar com as suas principais referências e pela frente terá uma adversária que, não desfazendo nas suas qualidades, está num patamar abaixo e conta com pouco tempo de trabalho sob a atual chefia. Mesmo que não consiga a desejada vitória, a seleção portuguesa não deverá perder nesta ida até à Dinamarca.
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