O dinamismo é uma das principais caraterísticas dos apostadores desportivos. O que hoje pode ser uma boa aposta – ou mesmo uma boa Casa de Apostas – pode ser que amanhã não o seja. Como tal, um bom apostador tem de saber adaptar-se rapidamente às circunstâncias que lhe são colocadas, antes que estas circunstâncias se virem contra ele. Apesar disso, e o que podemos ter a nosso favor é que o aspeto matemático manter-se-á sempre ao longo do tempo. Saber gerir a banca de forma eficaz é essencial para alcançar sucesso a médio e longo prazo.
Se na atualidade o apostador está a apostar conforme mandam as “regras” (temos vários tutoriais aqui no nosso site que ensinam os apostadores a apostar consoante essas regras) e se cada aposta que coloca é bem fundamentada e tem uma expectativa matemática positiva, esse apostador pode estar seguro que a longo prazo gerará lucros. Não obstante, a rentabilidade obtida por dois apostadores que apostem exatamente nos mesmos jogos, e que iniciem com a mesma banca, pode ser bastante diferente. A diferença é devido à gestão da banca.
Como já comentado noutros tutoriais, o apostador não deve unicamente preocupar-se em acertar prognósticos, deve igualmente ter em consideração apostar de forma responsável e também fazer uma boa gestão da sua banca. Este último é um fator vital, quando um apostador se propõe a aumentar os seus dividendos. Tendo por base um artigo de David Martin, podemos destacar 4 grandes grupos em que se podem englobar todos os modelos de administração de banca.
É importante salientar que todo o universo de apostadores se encontra em um dos quatro grupos, apesar de, por vezes, existirem apostadores que adotam modelos mistos. Ou seja, apesar de forma inconsciente em cada aposta estamos a realizar uma gestão do nosso dinheiro/banca, e a nossa habilidade e conhecimento irá determinar se o estamos a fazer de forma ótima, correta ou incorreta.
Gestão informal
Não faz falta dizer: tal como o próprio nome indica que estamos perante um tipo de gestão incorreta, e como é logico na maioria das ocasiões o desenlace final é a bancarrota. Este é um tipo de gestão que infelizmente o maior número de pessoas pratica, ou seja, é utilizada por todos aqueles apostadores sem experiência ou demasiadamente impulsivos, incapazes em qualquer momento de reger-se por critérios matemáticos.
Neste tipo de gestão são cometidos erros importantes, como abusar de apostas múltiplas, não apostar consoante o valor de uma aposta mas sim pela intuição, bem como abusar do stake. Os erros mais comuns, que vemos em este tipos de apostadores são, por exemplo, fazer all-in em diversas ocasiões, ou seja, para compensar uma aposta perdida anteriormente e baseando-se unicamente numa crença, sem ter em consideração a relação entre odd e probabilidade por forma a perceber se está ou não perante uma aposta de valor.
Este primeiro grupo, como mencionado anteriormente engloba entre 60 a 70% da população total de apostadores, e neste grupo enquadram-se muitas das atitudes que se devem evitar, se um apostador quer enfrentar o mundo das apostas de forma correta.
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Gestão ordenada independente da banca
A principal característica deste grupo, é que não se toma, pelo menos a curto prazo, o valor total da nossa banca no momento de fazer uma aposta.
Este é um tipo de gestão em que o apostador mantém sempre o mesmo valor nas apostas realizadas. Isto pode acontecer devido a vários motivos: devido ao apostador estar sempre a fazer levantamentos e depósitos e define um valor fixo para apostar, caso o apostador tenha uma banca bastante grande e aposta sempre os limites que a casa de aposta lhe permite (apesar de parecer estranho, existem muitos apostadores com banca para o fazer) ou devido a uma má gestão de banca.
Esta é uma forma de apostar bastante simples, que utiliza valores pré-definidos para as apostas. Imagine-se um apostador com uma banca de 100€, que define apostar sempre 5€ . Caso ele perca as 2 primeiras apostas e a sua banca desça para os 90€ os valores da apostas manter-se-ão inalterados.
Estamos perante um modelo de gestão de banca correto, mas não ótimo, devido ao facto que a rentabilidade será inferior devido a impossibilidade de adaptar-se aos movimentos de banca a curto prazo.
Gestão ordenada independente da banca e do stake
Na realidade este pode considerar-se um sub-grupo do anterior, visto que a única diferença entre ambos é a forma que o apostador utiliza o stake.
Os apostadores que se enquadram nesta categoria têm por base uma gestão baseada no stake plano ou semi-plano. Portanto estamos perante uma forma mais simplificada de gestão de banca, visto que o stake plano consiste em apostar a mesma quantidade em todas as apostas independentemente de qualquer outro parâmetro.
O stake semi-plano por sua parte consiste em dividir em dois ou três níveis a escala do stake, de uma forma que o mesmo decidirá se vai apostar o stake baixo, médio ou alto.
Exemplo: Se o apostador dispõe de uma banca de 100€, seguindo o stake plano todas as apostas seriam entre 2.5 e 3.5€ (2.5 a 3.5%) do total. Se o apostador quiser utilizar o stake semi-plano com três níveis teria , stake baixo 1.5 a 2.5€ (1.5 a 2.5% da banca inicial), stake médio 2.5 a 3.5 (2.5 a 3.5% da banca inicial) e stake alto de 3.5 a 5€ (3.5 a 5% da banca inicial) . Recordo que estes valores serão sempre os mesmos.
Nota, que será o apostador a definir estes limites que podem ser mais altos ou mais baixos.
A principal desvantagem de este tipo de gestão é ao apostar sempre a mesma quantidade não tem em consideração o valor da aposta tem a qualidade do prognosticador. Por outro lado a principal vantagem que ao apostar sempre a mesma quantidade percentual torna-se bastante difícil um apostador cair na bancarrota.
Gestão ordenada dependente da banca
Este é um modelo ótimo, visto que se adapta em todo o momento à banca do apostador, bem como às flutuações que nela se produzem, pelos efeitos das séries tanto negativas como positivas (Ler: Como sobreviver a uma série de apostas negativas).
Cada movimento sofrido pela banca é contabilizado e parametrizado para poder realizar novas apostas ajustadas à nova realidade económica.
A principal vantagem é o facto de existir a possibilidade do apostador adoptar a aposta ao seu estado de forma, visto que nas alturas em que é afectado por uma série negativa a sua aposta é reduzida, apesar da percentagem se manter inalterado. O mesmo acontece durante as series positivas em que ocorre exactamente o inverso.
Exemplo: O apostador decide apostar sempre 2.5 a 5% da sua banca, dependente do grau de certeza para um evento desportivo. Imagine-se que começa com 100€ e a sua primeira aposta perde e fica com 95€. Na seguinte aposta, ao contrario das gestões anteriores em que manteria a aposta em 5€, na gestão dependente da banca irá apostar a mesma percentagem mas consoante a sua banca. Ou seja na aposta seguinte, irá apostar entre 2.5 a 5% mas dos 95€ que tem na banca.
Conclusão
Ainda que a maioria dos apostadores se possam integrar, pela forma de gerir a respetiva banca, numa das quatro categorias acima, existem outros métodos para efeitos de gestão que não estão contemplados acima. Não há uma só forma de se gerir uma banca de apostas desportivas e, mais do que isso, não há nenhum método que se possa dizer correto ou 100 por cento fiável. Há, isso, métodos (e por métodos, entenda-se, formas de gestão) que são mais ou menos eficazes, mas tudo dependerá do perfil de cada apostador. Vamos mais longe: os bons apostadores podem adotar diferentes métodos para gestão da banca ao mesmo tempo.
Existem, no entanto, alguns conselhos que são transversais, independentemente do método que privilegie ou do tipo de gestão que adote. Aplicar o máximo profissionalismo nas suas apostas, proceder de forma organizada, racional e não se deixar levar pelo ímpeto ou pela ganância desmedida de lucrar é algo essencial. Tentar desesperadamente aumentar a banca irá trazer-lhe mais dissabores que vitórias, até porque apostar é, essencialmente, sobre paciência. Defina objetivos, faça uma gestão meticulosa da sua banca e verá que estará mais perto de alcançar as suas metas e almejar os seus objetivos. Mais: se as coisas estiverem a correr bem mas, por algum motivo, não resultarem, não desanime. Se acredita que está no caminho certo, volte a tentar e seja fiel ao método que estava a ser conducente ao sucesso.
Boas Apostas!