Detroit Lions – Green Bay Packers (NFL)
Este é o jogo do mata-mata da última jornada da temporada regular da NFL. Quem vencer ganha a divisão e segue para os play-offs. Quem perder quase de certeza entre de férias. Os Packers jogam fora mas vêm embalados por cinco vitórias consecutivas e um Aaron Rodgers a jogar de forma estratosférica. Os Lions têm a oportunidade de conquistar a NFC Norte pela primeira vez em vinte e três anos. Não há maior motivação do que isto.
Os Detroit Lions perderam os dois últimos jogos, ambos fora. Primeiro em casa dos New York Giants (17-6) e na passada segunda-feira na visita aos Dallas Cowboys (42-21). Nos últimos tempos os adversários começaram a dar especial atenção ao jogo pelo ar dos Lions, limitando margem de manobra de Matthew Stafford. Giants e Cowboys têm defesas sólidas. Já a defesa ao passe de Green Bay deixa muito a desejar: é a vigésima nona da Liga neste departamento. Detroit conseguiu-se aguentar muito bem até meio da partida, no AT&T Stadium, mas não conseguiu pontuar na segunda parte e viu Dallas lançar-se para a frente. Há vinte e três anos que os Lions não vencem a NFC Norte. Para o conseguirem desta vez só têm que travar os Packers em Ford Field. Stafford tem estado a fazer uma temporada brilhante e vai enfrentar uma secundária bastante permissiva. O senão é o outro lado da equação. Detroit está sem o seu melhor cornerback, Darius Slay, e o seu substituto, Nevin Lawson, vai ter uma tarefa e tanto para sequer limitar Jordy Nelson.
Quando Lions e Packers subirem ao relvado já se saberá o desfecho do embate entre Redskins e Giants. Se os primeiros vencerem, o que é provável já que New York já não tem nada por que lutar, só o triunfo serve neste duelo entre candidatos ao título da NFC Norte. Quem perder vai de férias. Mas se os Giants vencerem a coisa ainda fica em aberto.
A jogar ao seu melhor nível Aaron Rodgers é o melhor quarterback e o MVP da NFL. O seu talento e capacidade para encontrar soluções é tal que vira qualquer jogo. Ele é o trunfo por natureza, aquela carta que quando jogada no momento certo nos faz ganhar o jogo. Desde que ele disse que os Green Bay Packers podiam dar a volta à situação – e muita gente o ridicularizou por isso – a equipa que parecia condenada a uma época curta está outra vez na corrida pela NFC Norte. Cinco triunfos consecutivos, exibições brilhantes da ofensiva e aquele toque de génio que faz a diferença por parte do QB. Depois de bater Philadelphia (27-13), Houston (21-13), Seattle (38-10), Chicago (30-27) e Minnesota (38-25) os Packers jogam o tudo ou nada frente aos Lions. Ganhar embalo e dinâmica de vitória é uma coisa que não tem preço e Green Bay chega a este jogo decisivo com o turbo ligado. Toda a ofensiva está a funcionar em alta. Jordy Nelson está a chegar ao seu pico de forma e a assunção de Ty Montgomery como running back da formação fez uma grande diferença. Mas é Rodgers, com a sua capacidade de improviso e de manter os adversários na incerteza do que se seguirá que instila toda a unidade. Nos últimos seis jogos os números falam por si: cento e quarenta e um passes completos de duzentos e dois tentados, um ganho de pouco mais de mil e setecentas jardas, catorze touchdowns e zero interceções! Se isto não é estatística de MVP não sei o que possa ser.
Os Lions jogam em casa mas os Packers tiveram mais dois dias de descanso o que, nesta altura da época em que não há quem não tenha algumas mazelas de que recuperar, é precioso. Pode ser o suficiente para conseguir ter Randall Cobb e Clay Matthews disponíveis para o encontro.
2016 | Green Bay Packers | Detroit Lions | Lambeau Field | 34-27 |
2015 | Detroit Lions | Green Bay Packers | Ford Field | 23-27 |
2015 | Green Bay Packers | Detroit Lions | Lambeau Field | 16-18 |
2014 | Green Bay Packers | Detroit Lions | Lambeau Field | 30-20 |
Em setembro Green Bay venceu o duelo em Lambeau Field (34-27) e o mesmo tinha acontecido na última deslocação a Ford Field. Mas num jogo de tudo ou nada as coisas vão ser muito renhidas até ao apito final.