Surpresa no Friuli, em Udine. Após dez vitórias consecutivas em jogos oficiais, a Juventus deixou pontos na deslocação ao terreno dos “Zebrette” ao não conseguir mais que um empate a uma bola. A AS Roma, principal perseguidora da pentacampeã italiana, perdeu no estádio Olímpico frente ao Nápoles (1-2) e tem o segundo posto em risco.

Apatia em Udine

Foto: "Stefano Lancia/ANSA via AP"

Foto: “Stefano Lancia/ANSA via AP”

Líder com sete pontos de avançado em relação à AS Roma à entrada para esta 27ª ronda da Série A, a Juve assistiu à derrota da principal perseguidora no sábado, um dia antes de subir ao relvado do Friuli para medir forças com a Udinese. Perante a possibilidade de dilatar a vantagem em relação à equipa da capital, Massimiliano Allegri optou por alinhar de início com os habituais titulares. Ainda assim, em Udine, a Juve esteve irreconhecível a espaços, sobretudo durante a primeira parte. Os donos da casa, decididos em assumir o protagonismo, demonstraram sempre maior dinâmica e acutilância, contrastando com uma Juventus apática, desligada do jogo e excessivamente permissiva. O possante Duván Zapata, referência ofensiva dos “Zebrette”, pôs fim à seca de golos que atravessava e bateu Buffon ao minuto 37, concluindo uma boa jogada individual que colocou a Udinese na frente do marcador, vantagem conforme ao que se passava no relvado do Friuli. Numa tarde de domingo de desinspiração coletiva, a Juve sentia muitas dificuldades para contrariar a estratégia da Udinese, equipa que fez um bom trabalho sem bola e condicionou muito o trabalho dos intérpretes da Juve. A solução para evitar males maiores surgiu na sequência da marcação de uma bola parada: Paulo Dybala cobrou o livre à passagem do minuto 60 e Leonardo Bonucci fez jus à alcunha de “central goleador” ao cabecear para o fundo da baliza defendida pelo grego Orestis Karnezis. Até ao fim da partida, a Juve continuou a demonstrar uma incomum inépcia do ponto de vista ofensivo, aparentando resignar-se com a conquista de um ponto que, ao fim ao cabo, até permitiu dilatar a vantagem em relação aos romanos para oito pontos.

A marcha de Mertens

Intratável. Enquanto o polaco Arkadiuz Milik continua à procura de regressar à melhor forma após ausência prolongada, Dries Mertens continua a ser o “goleador de serviço” na equipa do Nápoles. O internacional belga está a realizar uma das melhores temporadas da carreira e voltou a ser decisivo no Olímpico de Roma, marcando os dois golos que deram a vitória sobre a AS Roma (1-2). O desaire da ronda anterior frente à Atalanta, no San Paolo, foi relativizado pelos homens de Maurizio Sarri nesta vitória em Roma que permite ganhar terreno na luta pelo segundo lugar – a AS Roma já só está a dois pontos de distância. Se o guarda-redes Pepe Reina foi um dos principais responsáveis pelo desaire frente à Atalanta, no Olímpico, salvou o Nápoles de uma possível divisão de pontos já nos últimos instantes da partida, depois de Kevin Strootman ter encurtado distâncias ao minuto 89. Dries Mertens marchou (e passeou classe) sobre a bela cidade de Roma.

Inter cinco estrelas

O resultado mais volumoso desta 27ª ronda da Série A 2016/17 verificou-se no estádio Comunale Sant Elia, em Cagliari. O Inter de Milão comandado por Stefano Pioli conquistou três importantes pontos na luta pela Europa ao golear o Cagliari por cinco bolas a uma, golos de Ivan Perisic (2), Éver Banega, Mauro Icardi e Roberto Gagliardini – Borriello descontou para os da casa. Numa partida em que a sobranceira “interista” raramente foi ameaçada, a equipa voltou a provar que tem nível suficiente para alcançar um posto de acesso às provas europeias na próxima temporada. Nessa luta, o Inter ganhou dois pontos à Atalanta, equipa sensação da prova que não foi além de um empate sem golos frente à Fiorentina de Paulo Sousa. O AC Milan, por seu turno, recebeu e venceu o Chievo por três bolas a uma com dois golos de Bacca e outro de Lapadula, permanecendo muito perto do rival Inter.

Belotti isola-se na frente

Foto: "FantaCalcio"

Foto: “FantaCalcio”

Andrea Belotti é a solução para todos os males do Torino. Na tarde de domingo, frente ao antepenúltimo Palermo, o Torino chegou aos 70 minutos a perder por uma bola a zero (golo de Andrea Rispoli), depois de ter concedido ainda na primeira parte. Apesar do maior ascendente ofensivo dos donos da casa, a bola teimava em não entrar na baliza à guarda do croata Josip Posavec, até que Andrea Belotti decidiu entrar em cena. Empatou o jogo aos 73 minutos, deu vantagem ao “Toro” aos 76 e concluiu o “hat-trick” aos 81, em mais um grande momento do melhor avançado italiano da atualidade. Em mais uma noite brilhante, o internacional transalpino assumiu a liderança da lista de melhores marcados da Série A 2016/17 com 22 golos marcados, mais três que Gonzalo Higuaín.

Boas Apostas!