No regresso do campeonato, ficou evidente que entramos no vai ou racha da Premier League. Quatro dos seis primeiros classificados cederam pontos, com destaque para o tropeção do Chelsea em casa. Os Spurs reforçam o segundo lugar e o Liverpool vence o dérbi de Merseyside, mas perde Mané. Reação do Arsenal para anular a desvantagem frente ao City e Wenger pisca o olho aos adeptos Gunners. Leicester City soma a quinta vitória consecutiva sob o comando de Shakespeare. Terça-feira há mais.
Liverpool no seu melhor vence dérbi
O fim de semana trouxe de volta a Liga Inglesa e pelos resultados percebemos que entramos no vai ao racha da Premier League. O Liverpool venceu o dérbi de Merseyside (3-1) com uma exibição de luxo mas perde Sadio Mané. Valeu cada cêntimo a decisão de mandar um jato privado para Philippe Coutinho e Roberto Firmino da América do Sul. Não fosse a lesão de Mané, teria sido uma tarde perfeita para Jurgen Klopp. Esta segunda-feira o senegalês será objeto de novos exames para perceber se a torção do joelho resultou em rutura de ligamentos.
Big Sam a fazer das suas e o Tottenham acredita
O Chelsea foi surpreendido em casa pelo Crystal Palace (1-2). Os golos aconteceram todos no primeiro quarto de hora do encontro e os Blues bem tentaram virar o bico ao prego mas os homens de Allardyce iam com a lição muito bem estudada. Big Sam volta a fazer das suas e os Eagles acreditam que a manutenção é possível.
O deslize do Chelsea dá novo alento aos Spurs, que garantiram um triunfo esforçado sobre o Burnley e assim consolidaram o segundo posto. Está a sete pontos do primeiro lugar e ainda que esse olhar para cima possa não resultar em título, é sempre útil na distanciação para os perseguidores. O Liverpool está na terceira posição, com menos três pontos e um jogo a mais; o City está a quatro, com o mesmo número de partidas. United e Arsenal estão a nove e onze, respetivamente, com um jogo a menos. Portanto, o top-4 está muito perto de ficar garantido para o Tottenham.
Queixinhas e um mal menor
O Manchester United – bastante desfalcado pela razia de lesões que os trabalhos da seleções provocaram no plantel dos Red Devils – ficou-se por um nulo, em Old Trafford, frente ao West Bromwich. Em vez de enquadrar o resultado com as ausências de Pogba, Mata, Smalling, Phil Jones, Ander Herrera, e ainda Ibrahimovic, por castigo, Mourinho desatou a disparar em todas as direções, desde o carater ultradefensivo dos adversários, à incapacidade dos atacantes para concretizar e até sentenciando a carreira de Luke Shaw. Não há pachorra.
O jogo grande da jornada era o Arsenal vs Manchester City e não defraudou, pelo menos no que respeita a golos e entusiasmo. Aos dez minutos parecia que o lema “Wenger Out” está a um passo de se confirmar. No final, o jogo termina empatado, com os Gunners a fazerem uma recuperação de carater para evitar a derrota. O treinador francês elogiou a força mental dos jogadores para anular as desvantagens e esboçou uma tentativa de reconciliação com os adeptos. Há duas formas de encarar este resultado. Para uns é um renascer da esperança para o Arsenal, o sentir de que ainda têm hipóteses de chegar ao top-4. Para outros, a quase euforia de garantir um empate em casa frente aos Cityzens demonstra bem a fragilidade mental a que a equipa chegou, depois de ter estado a lutar pelo título.
Escalada do Leicester continua
Mas nem só no topo da tabela houve emoções ao rubro. Já falamos do feito do Palace mas também Marco Silva e o Hull conseguiram um triunfo precioso em casa sobre os Hammers e estão a um ponto de escapar à zona de despromoção. Beneficiaram também do facto de Swansea e Middlesbrough, que se defrontaram no País de Gales, terem dividido os pontos. E claro, continua a extraordinária escalada do Leicester City. Os Foxes somaram a quinta vitória consecutiva, ao bater o Stoke City (2-0). Desde que Greg Shakespeare assumiu o comando a diferença é como da água para o vinho.
Boas Apostas!