A Liga NOS teve competitividade até à derradeira jornada, com o Benfica a garantir a segunda posição, que lhe permite sonhar com os milhões da Liga dos Campeões, enquanto Moreirense, Vitória de Setúbal e Feirense puderam festejar a manutenção, à custa de duas equipas que tinha já uma larga série de temporadas consecutivas na Primeira Liga, o Paços de Ferreira e o Estoril.

O campeão FC Porto visitou Guimarães já só com a festa em mente, mas não deixou de garantir a vitória, superando os vimaranenses com um golo de Marcano. As decisões, essas, estavam mesmo marcadas para o final da tarde de domingo, sendo que, em destaque, estava a dúvida sobre quem seria o segundo classificado.

Jonas

Jonas foi o melhor marcador do campeonato

Benfica, na Luz, frente ao Moreirense, e Sporting, nos Barreiros, perante o Marítimo, discutiam o lugar, com os empates a serem desfeitos à passagem da meia-hora, com Joel a marcar de cabeça para os insulares, tendo logo resposta por parte de Bas Dost, que voltou a igualar a partida. Com todos empatados, as contas beneficiavam o Sporting, algo que mudou à passagem do minuto 52, quando Jonas concretizou de penálti, e colocou o Benfica na frente.

O resto dos encontros foi de ansiedade. Na Luz, o Moreirense procurava o golo para não depender de outros na questão da manutenção, assustando o Benfica mais do que uma vez. O Sporting, na Madeira, procurava marcar, mas sem grande cabeça, tanto que depois de muito atacar, acabou por ver o Marítimo ser feliz, num remate fraco de Ghazaryan que traiu Rui Patrício com um salto na relva. Festa para o Benfica que, no final do campeonato, acaba por encontrar razões para sorrir com a segunda posição.

Caídos longe de casa

Na história da manutenção, o Vitória de Setúbal foi o primeiro a dar um passo rumo à salvação, ao conseguir marcar, por intermédio de André Pereira, no minuto 23. Pouco depois, o Portimonense adiantava-se ao Paços de Ferreira e começava a escrever a história de uma morte anunciada para a equipa pacense.

A equipa sadina não viria a marcar mais nenhum golo, gerindo a preciosa vantagem, enquanto o Paços viu a diferença para aumentar para dois golos. Viviam-se momentos de grande nervosismo, já que um golo em Setúbal poderia mudar tudo. Ao mesmo tempo, em Santa Maria da Feira, o Feirense segurava o empate que condenaria o Estoril, deixando o Moreirense livre de apertos no final da competição.

Contas feitas, salvou-se o Vitória de Setúbal, com uma vitória, o Feirense, com um empate, e o Moreirense, mesmo perdendo. O Paços de Ferreira ainda conseguiu marcar antes do final, mas também sofreu um terceiro golo que deitou por terra todas as suas esperanças. Numa época em que a gestão de treinadores não foi a melhor, a equipa acaba por cair, de forma inesperada, na Segunda Liga, após treze temporadas consecutivas na primeira.

Para o Estoril, que há tão pouco tempo vivia na primeira metade da tabela e disputava as provas europeias, esta também é uma queda brutal, que se começou a desenhar na temporada passada. Depois de sete épocas entre os conjuntos mais fortes, vai lutar pelo regresso imediato no próximo ano.