A exigência é uma das características que define a fiel massa adepta do Vitória Sport Clube. Quem veste a camisola dos “Conquistadores” tem que estar preparado para lidar com um sentimento de “cobrança” idêntico ao que existe nos chamados “três grandes” ou mesmo no rival Sporting Clube de Braga. Para a nova época, a direção do emblema vimaranense não poupou esforços no reforço do plantel e ainda que, no fim de tudo, estejam os resultados, estamos em condições de afirmar que os vitorianos têm um dos melhores plantéis dos últimos anos.
Nova época, novo projeto para Luís Castro, um dos treinadores mais bem cotados no atual panorama do futebol nacional. Desde que deixou o FC Porto, emblema em que trabalhou na condição de coordenador da formação, técnico da equipa B e até mesmo treinador da equipa principal no pós-Paulo Fonseca, Luís Castro rumou ao Rio Ave na época 2016/17 para cumprir um bom trabalho, segundo para Chaves na época seguinte. Este ano, o técnico de 56 anos orientará o Vitória Sport Clube e, a julgar pelos reforços que tem recebido, não tem motivos de queixa.
Entradas e saídas
Comecemos pelas saídas. Raphinha (Sporting) e Konan (Reims) deixaram o clube e renderam aos cofres do clube mais de dez milhões de euros. O peruano Paolo Hurtado também deixou o clube a troco cerca de um milhão e meio de euros, quantia que os chineses do Greentown também dispenderam para assegurar o concurso do brasileiro Rafael Martins.
João Aurélio deixou o clube a custo zero para se mudar para os “vizinhos” do Moreirense, Marcos Valente, João Vigário e Kiko foram cedidos, ao passo que Sturgeon rumou ao Feirense. O capitão Moreno “pendurou as botas”.
No sentido contrário, Davidson foi o reforço mais caro da equipa vimaranense, acompanhando Luís Castro na transição de Trás-os-Montes para o Minho por uma quantia a rondar os 800 mil euros. Alexandre Guedes, herói do Desportivo das Aves na final da Taça de Portugal, também assinou pelo emblema do D. Afonso Henriques. Da Luz chegaram o médio Pêpê (empréstimo) e Ola John (custo zero), enquanto ao Poto foram resgatados João Carlos Teixeira, André André e Yordan Osorio, Um dos reforços mais sonantes chegou da Ucrânia: o brasileiro Dôdô, de apenas 19 anos, aturará à direita, ao passo que Rafa Soares volta a ser orientado por Luís Castro. De sul para norte viajaram Florent (ex-Belenenses) e Frederico Venâncio (ex-Vitória de Setúbal).
Desaire na estreia
O Vitória Sport Clube joga esta sexta-feira no estádio da Luz, mas o confronto com os “encarnados” não corresponderá ao primeiro desafio oficial dos minhotos na nova temporada.
No encontro de acesso à fase de grupos da Taça da Liga 2018/19, o Vitória Sport Clube caiu às mãos do Tondela por duas bolas a zero no estádio D. Afonso Henriques, forjando a possibilidade de se intrometer na luta por uma das taças. Ao olharmos para o onze inicial da equipa vitoriana, rendemo-nos a uma evidência: de entre os onze jogadores que integraram o onze inicial, só dois (Miguel Silva e Alhassan Wakaso) integravam o plante vitoriano na época passada. Muita gente nova em fase de adaptação às dinâmicas incutidas por um novo técnico, algo que leva a tempo e não se “resolve” em meia dúzia de jogos de preparação, sem a pressão proporcionada pela competição oficial.
Este Vitória promete.
Boas Apostas!