David Ferrer – Roger Federer (ATP – Toronto)
No dia em que completa trinta e três anos Roger Federer prepara-se para enfrentar David Ferrer por um lugar nas meias-finais do Masters de Toronto. Há quase dois anos que eles não se cruzam em court e o espanhol nunca foi capaz – em quinze tentativas – de levar de vencido o suíço. Será desta?
Até Wimbledon David Ferrer estava a ter uma excelente temporada. Trinta e nove vitórias contra catorze derrotas, dois terços destes encontros em terra batida, a sua superfície de eleição. Atingiu as semifinais de Aukland, onde defendia o título, sendo afastado por Lu com os parciais de 6-4 e 7-6. Chegou aos quartos no primeiro Grand Slam do ano, eliminado por Tomas Berdych em quatro sets (6-1, 6-4, 2-6, 6-4). Em Fevereiro tornou-se o primeiro tenista a conquistar três edições consecutivas do Torneio de Buenos Aires. Foi semifinalista em Monte Carlo e Madrid, com um tropeço em Barcelona pelo meio. No Mónaco caiu às mãos de Wawrinka (6-1, 7-6), em Espanha diante de Nishikori (7-6, 5-7, 6-3). Na Catalunha ficou-se pela estreia, despachado por Gabashvili (6-4, 6-2). Em Paris, garantiu as suas segundas meias-finais no segundo Major da temporada, fracassando apenas diante do “rei” Rafa Nadal, no seu torneio preferido (4-6, 6-4, 6-0, 6-1). A relva de Wimbledon trouxe o grande desaire. Mesmo considerando que não é o piso em que se sente mais confortável, esperava-se que a boa forma exibida até então lhe servisse de impulso para chegar mais longe. Tal não se verificou e Ferrer fraquejou à segunda partida em solo britânico, diante de um modesto Andrey Kuznetsov (6-7, 6-0, 3-6, 6-3, 6-2). Em Julho, o espanhol aproveitou para competir em terra batida, com passagens por Bastad e Hamburgo. Na Suécia foi eliminado por Carlos Berlocq (6-3, 6-3), nos quartos e em terras germânicas chegou ao jogo do título, o qual perdeu para Leonardo Mayer (6-7, 6-1, 7-6).
Em Toronto, o número sete mundial sentiu inesperadas dificuldades para bater Ivan Dodig. Ferrer foi de tal modo surpreendido que só conseguiu conquistar um jogo no primeiro parcial. David deu completamente a volta no segundo set, convertendo setenta e cinco por centos dos seus pontos de serviço e esquivando-se a seis tentativas de Dodig para lhe quebrar o serviço. O terceiro set continuou nesta toada ainda que Ferrer ainda tivesse aumentado a sua percentagem de pontos ganhos como o primeiro serviço para oitenta e oito (1-6, 6-3, 6-3).
Roger Federer também teve que se aplicar mais do que o esperado para superar Marin Cilic, nos oitavos-de-final da Rogers Cup, em Toronto. Depois de vencer o primeiro parcial no tie-break, o terceiro tenista mais cotado do circuito precisou de duas horas e meia para fechar o encontro. No segundo set, com o resultado em 5-4, o suíço desperdiçou seis match-points e acabou forçado a um terceiro ao perder no segundo tie-break da partida. A certa altura do derradeiro parcial, chegou-se a temer que Federer seguisse o mesmo padrão. Foram necessárias dez tentativas para que Roger finalmente quebrasse o adversário e finalizasse o encontro com um 6-4.
Federer chega a Toronto como vice-campeão de Wimbledon, patamar que não o víamos alcançar há algum tempo. Em boa forma e confiante, o torneio britânico foi a sexta prova ATP em que Federer alcança a final, em 2014. Em Brisbane perdeu com Hewitt (6-1, 4-6, 6-3), em Indian Wells com Djokovic (3-6, 6-3, 7-6), em Monte Carlo com Wawrinka (4-6, 7-6, 6-2) e em Wimbledon novamente com Novak (6-7, 6-4, 7-6, 5-7, 6-4). No Dubai e em Halle sagrou-se campeão, no primeiro derrotando Tomas Berdych (3-6, 6-4, 6-3), no segundo Alejandro Falla (7-6, 7-6).
Esta será a décima quinta vez que David Ferrer e Roger Federer se confrontam, apesar de já não acontecer desde 2012, na Masters Cup. A vantagem é avassaladora para o suíço, que conta por vitórias todos os encontros entre ambos. Mas de lá para cá Ferrer tornou-se um jogador mais completo e os “monstros sagrados” do topo do ranking deixaram de ser, para ele, imbatíveis. Federer sabe que David tem uma das melhores respostas ao serviço e que se não jogar ao seu melhor nível acabará derrotado.
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