CSKA Moscovo – FC Barcelona (Euroleague)

Com o equilíbrio esperado no Grupo F da Euroleague, ao final de duas jornadas apenas uma equipa, o Olympiakos, somou duas vitórias, com o Zalgiris a ser o único conjunto só com derrotas. Todas as restantes seis equipas venceram uma e perderam outra partida, sublinhando a importância dos jogos em casa para as contas finais do grupo. CSKA Moscovo e FC Barcelona são dois bons exemplos disto mesmo. Ambos os conjuntos começaram o TOP 16 a perder fora, tendo vencido o encontro da segunda jornada perante o seu público. Poderá o CSKA manter a tendência ou verá o Barcelona inverter o esquema?

A excelente temporada do CSKA Moscovo não fica manchada por duas derrotas, ainda que perder com o Khimki, na primeira jornada do TOP 16, tenha tido um sabor amargo. Sendo uma equipa moscovita, acaba por ser um rival direto em várias frentes e também no mercado dos adeptos, pelo que o CSKA dificilmente admite uma derrota perante tal adversário. Felizmente, o CSKA reagiu rapidamente e conseguiu vencer o Real Madrid na jornada seguinte, e ainda que o calendário não lhe permita qualquer descanso ou paragem, os “militares” russos chegam à terceira jornada com confiança e sensação de que os objetivos delineados continuam dependentes apenas de si. Para encontrar as figuras da equipa não é preciso ir muito além do perímetro exterior. Nando de Colo e Milos Teodosic são elementos com uma influência enorme na equipa, seja na condução e ritmo de jogo, seja nos pontos marcados. Cory Higgins é outro elemento que também vai apresentando uma média ofensiva acima dos 10 pontos, enquanto Kyle Hines e Andrey Vorontsevich se aproximam. Vitaly Fridzon e Nikita Kurbanov também alimentam uma rotação que tem muitas opções e, acima de tudo, implica sempre uma enorme capacidade física para o sistema defensivo adversário.

O FC Barcelona retomou no TOP 16 aquilo que se esperava da equipa catalã, que no campeonato espanhol segue na segunda posição, apenas com uma derrota. Na Euroleague, depois de ter terminado mal a primeira fase, o Barça começou também a perder, no pavilhão do Olympiakos, mas uma vitória confortável frente ao Khimki, por 17 pontos de diferença, recolocaram as coisas no seu devido lugar. Xavi Pascual é um técnico com muita experiência nesta prova e compreende, agora, a importância de conseguir ir roubar pontos fora. Os pavilhões do Olympiacos e do CSKA estariam entre os mais complicados, tal como será difícil jogar em Madrid, e uma vitória aí poderá valer pelo dobro. Mas também é verdade que ultrapassar estas dificuldades nesta fase da época também ajuda a equipa a ter mais garantias na reta final. Ante Tomic oferece enorme capacidade no jogo interior, com Justin Doellman a ser um elemento também difícil de defender, mas é no jogo exterior, com Tomas Satoransky a mostrar evolução e Juan Carlos Navarro de regresso aos seus melhores costumes, que o Barcelona poderá medir-se taco a taco com o CSKA.

A tradição dos últimos jogos tem sido as vitórias caírem uma para cada lado, não havendo quem vença dois duelos seguidos desde 2012, quando o Barcelona somou uma vitória depois de ter, também, ganho em 2010.

18.05.14	Euroleague	Barcelona	CSKA Moscow	93 : 78
12.12.13	Euroleague	CSKA Moscow	Barcelona	79 : 65
08.11.13	Euroleague	Barcelona	CSKA Moscow	79 : 70
12.05.13	Euroleague	CSKA Moscow	Barcelona	74 : 73
13.12.12	Euroleague	Barcelona	CSKA Moscow	75 : 78
08.11.12	Euroleague	CSKA Moscow	Barcelona	60 : 81

A jogar em casa, o CSKA é o favorito à vitória e deverá consegui-lo mesmo perante a enorme oposição do Barcelona.