A seleção anfitriã aguentou muito para além do esperado e caiu só nos penáltis. Acho que ninguém poderia exigir mais a estes jogadores, por quem não davam nada à partida. Akinfeev lutou até ao último instante. A Croácia encontra a Inglaterra na meia-final.
Zlatko Dalic vem com a novidade de incluir Andrej Kramaric no onze inicial, deixando Brozovic no banco. À primeira vista parece uma substituição ofensiva já que Kramaric deve jogar nas costas dos homens mais adiantados. Na prática também significa que a dupla que leva esta seleção a outro nível, Modric e Rakitic, vão jogar mais recuados para tentar pegar no jogo.
Na equipa russa também há alterações. Cheryshev é titular e Zhirkov fica de fora, esta parte já era esperada.
A Rússia entra sem subterfúgios e nos primeiros minutos, literalmente, mostra os dentes perto da baliza de Subasic. Do lado oposto, vê-se Ivan Rakitic a encaixar entre os dois centrais para a saída de bola. Ante Rebic é o elemento mais irrequieto da Croácia no início da partida e está a dar trabalho na lateral a Kudryashov. Aos poucos a formação croata vai acalmando e começa a trocar a bola com maior à vontade. Daler Kuzyayev e Roman Zobnin têm como missão interromper a ligação entre Luka Modric e Ivan Rakitic e estão a ser altamente eficazes. O médio do Real Madrid não consegue ter bola dentro do bloco russo e só recuando ela lhe chaga aos pés.
Eficácia Rússia
Aos trinta e um minutos a Rússia chega à vantagem por intermédio de Denis Cheryshev. Passividade defensiva da Croácia, que não pressiona o jogador com bola, permite o remate do russo à boca da área. Mas a frente no marcador não dura sequer dez minutos. Aos quarenta os croatas fazem a igualdade, aproveitando o desposicionamento da defesa russa. Perda de bola adiantada, Mário Fernandes fica para trás e a manta fica curta para evitar que Mario Mandzukic avance pela esquerda e centre para finalização de Andrej Kramaric, o tal alteração no onze inicial.
Na primeira parte o empate justifica-se mas é justo dizer que a Rússia está a ser mais eficaz no jogo que se propôs fazer: impedir o fio de jogo croata e aproveitar os erros.
Croácia não descola
Nos primeiros vinte minutos da primeira parte só deu Croácia. Instalou-se no meio-campo adversário e aos sessenta Ivan Perisic teve a oportunidade de marcar para consolidar o ascendente. O avançado do Inter aproveita a confusão na área russa mas o remate acerta no poste, passa pelas costas de Akinfeev e vem sair do outro lado. Pouco depois o selecionador troca Perisic por Marcelo Brozovic.
Cherchesov também troca peças. Sai primeiro Smedov e depois Cheryshev para a entrada de Aleksandr Erokhin e Fyodor Smolov. As substituições resultam para a Rússia que ganha novo folego e consegue voltar a criar perigo. A partida volta a estar dividida mas o golo não aparece e já cheira a prolongamento.
Mário Fernandes resgata e enterra
A Croácia entrou por cima no tempo extra e Luka Modric parece que começou a jogar agora. Parece fresco e está em todo o lado. Aos cento e um minutos, Vida marca de cabeça e a bola passa para o outro lado. Agora, a Rússia, que joga na espera do erro, terá que tomar a iniciativa. Dar cada vez mais espaço a Modric é um enorme risco, mas não há propriamente alternativa. A cinco minutos do fim, a seleção da casa consegue igualar. Livre marcado por Dzagoev, que tinha rendido Golovin, e o cabeceamento de Mário Fernandes vai parar ao fundo das redes. É a loucura nas bancadas!
A Rússia cai nas grandes penalidades, apesar do esforço de Akinfeev. Fyodor Smolov marca fraquinho, à primeira tentativa e Subasic, já em queda, ainda alcança a bola no ar. À terceira, o remate de Kovacic é intercetado pelo guardião russo. De seguida o herói do prolongamento, Mário Fernandes, mancha a folha de serviço com um remate que vai ao lado. Akinfeev ainda chega à bola de Modric mas reflete para o poste e entra. Cabe a Rakitic marca a quinta penalidade e cumpre sem hesitações.