Choque no grupo D. A Argentina de Jorge Sampaoli voltou a desiludir – e de que maneira. Depois de não ter conseguido mais que um empate a uma bola na jornada inaugural, frente à Islândia, a “albiceleste” foi derrotada por três bolas a zero pela Croácia e tem a continuidade na prova em risco. Neste momento, mais do que as contas à entrada para a derradeira jornada deste grupo, os argentinos têm que estar preocupados com a falta de capacidade de resposta apresentada por uma equipa que está a protagonizar uma das piores campanhas do país “Pampas” em fases finais de um campeonato do mundo.
Jorge Sampaoli mexeu na equipa mas os problemas mantiveram-se, desde o total desacerto defensivo à parca capacidade de ultrapassar o bloco defensivo adversário, algo muito estranho atendendo à qualidade de Leo Messi e Sergio Aguero, os dois elementos que atuaram na frente de ataque. O problema parece passar muito por aí: pela dependência de Leo Messi que se tornou visceral. A incapacidade de jogar entre linhas, descobrir os colegas no espaço e sobretudo a falta de intensidade no jogo argentino permitiam antever um desfecho negativo, sobretudo frente a uma equipa muito talentosa, bem montada do ponto de vista tático e muito forte em transição. A Argentina tinha mais bola, circulava no meio-campo adversário mas de forma sempre aparentemente apática, incapaz de ultrapassar uma equipa “vatreni” que foi capaz de contrariar o seu jogo com um posicionamente forte criterioso, um bom “timing” de entrada em cada bola dividida e sobretudo em virtude de uma notável capacidade a sair para o ataque com perigo.
Três golos na segunda parte
A história do duelo entre Argentina e Croácia começou a ser contada ao minuto 53. Willy Caballero, guarda-redes cuja titularidade tem sido muito criticada, falhou, deixou a bola à mercê de Rebic e o dianteiro contrário limitou-se a atirar para o fundo da baliza sul-americana. Em desvantagem pela primeira vez na fase final deste campeonato do mundo, Jorge Sampaoli lançou Higuaín, Pavón e Dybala, alterou o sistema tático e colocou quatro jogadores no setor mais recuado mas a Argentina pouco criativa, jogando ao estilo tipicamente sul-americana, mais com o coração que com a cabeça quando o jogo pedia o contrário. A Croácia, sempre expectante, lançava-se para o ataque com perigo sempre que conquistava a posse. A formação europeia tantas vezes ameaçou que acabou mesmo por voltar a marcar. A dez minutos do apito final, Luka Modric tirou Otamendi do caminho e apontou um golo que certamente estará entre os melhores do campeonato do mundo, não dando a miníma hipótese a Willy Caballero. Antes do final do desafio, com Diego Armando Maradona nas bancadas, a equipa argentina ainda viria a sofrer o terceiro golo, desta feita com Ivan Rakitic a concluir uma bela jogada de contra ataque depois de, minutos antes, ter acertado na trave da baliza adversária.
Argentina e Croácia aguardam agora o desfecho do desafio entre Islândia e Nigéria, agendado para esta sexta-feira (22). A Croácia lidera com seis pontos, ao passo que a Argentina possui apenas o ponto conquistado na ronda inaugural, frente à Islândia.
Boas Apostas!