O período de férias pós-campeonato do mundo “atrasou” a chegada de Cristiano Ronaldo a Turim para iniciar os trabalhos tendo em vista a nova época, estreando-se com a camisola “bianconera” frente à formação de sub-23 do clube, no último domingo (12). Bastaram oito minutos para o internacional português fazer o “gosto ao pé”, a uma semana do encontro inaugural na Série A. Que desafios para Cristiano na “Vecchia Signora”?
A perseguição da “orelhuda”
Foto: “ALESSANDRO DI MARCO”
Os responsáveis da Juventus nem precisam de admiti-lo, tal é a evidência: a contratação de Cristiano Ronaldo representa a aposta máxima do emblema italiano na tentativa de voltar a almejar a glória máxima do futebol europeu e conquistar a Liga dos Campeões, algo que não acontece desde a época 1995/96. Detentora de duas edições do troféu e recordista no que toca ao número de finais perdidas (6), a Juventus espera que Cristiano Ronaldo, vencedor da competição em cinco ocasiões, seja o factor diferenciador, um pouco à imagem daquilo que Nasser Al-Khelaifi, proprietário do PSG, fez aquando da contratação do brasileiro Neymar. Os casos de Juventus e PSG são idênticos: dois conjuntos que dominam a nível interno – a Juve é heptacampeã ialiana – e cujo objetivo passa por alcançar o trono do futebol europeu.
Igualar Gento e Seedorf
Caso a hegemonia “juventina” se mantenha a nível doméstico, Cristiano Ronaldo vencerá o terceira liga das chamadas “top 5” europeias, ficando a faltar Ligue 1 e Bundesliga ao curriculum do atual Ballon D’Or. No entanto, é na Liga dos Campeões que quer continuar a fazer história, até porque o sucesso coletivo na prova mais importante do futebol europeu é mais que “meio caminho andado” para a coroação como melhor jogador do mundo.
Atentemos nas principais estatísticas individuais de Cristiano Ronaldo a jogar na Liga dos Campeões:
- Melhor marcador da história da Liga dos Campeões – 120 golos.
- Melhor marcador da Liga dos Campeões em 7 ocasiões – 6 de forma consecutiva.
- Segundo jogador com mais edições da Liga dos Campeões no seu palmarés – 6.
O lote de jogadores que conquistaram cinco edições da Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões é restrito. Cristiano Ronaldo partilha-o com Alfredi Di Stéfano, José María Zárraga, Héctor Rial, Juan Alonso, Juan Santisteban, Marquitos, Rafael Lesmes, Paolo Maldini e Alessandro Costacurta.
Acima destes dez nomes, só um: Francisco Gento, lenda dos “merengues” que ergueu o troféu mais importante do “Velho Continente” em seis ocasiões. Está bom de ver qual é o objetivo de Cristiano para a temporada que se avizinha: estabelecer-se como vencedor máximo da Liga dos Campeões a par de Gento. Caso esse cenário se concretize, igualará outro recorde: o de Clarence Seedorf, ex-internacional holandês que conquistou a competição ao erguer o troféu ao serviço de Ajax, Real Madrid e AC Milan. Clarence Seedorf até poderia ter ganho a prova por outro clube diferente, assim como Samuel Eto’o – vencedor da prova ao serviço de Barcelona e Inter de Milão – também poderia ser considerado nesta equação -, uma vez que em em 1999/2000 ainda representaram um Real Madrid que viria a ser campeão da Europa, mas abandonaram o clube em janeiro.
Estreia no horizonte
Se o técnico Massimiliano Allegri assim entender, Cristiano Ronaldo poderá estrear-se a título oficial com a camisola da Juventus já no próximo sábado, na visita da Juventus a Verona para enfrentar o Chievo.
Boas Apostas!
