“A Champions devia mudar e chamar-se CR7 Champions League”. As declarações de Cristiano Ronaldo após a conquista da sua quinta Liga dos Campeões ainda estão bem presentes no imaginário coletivo. Na noite desta terça-feira (12), poucos foram os que não se lembraram das palavras proferidas pelo internacional português em maio do ano passado, na sequência da vitória frente ao Liverpool na final de Kiev. Cristiano Ronaldo voltou a ser decisivo diante da sua “presa favorita” e carregou a Juventus até aos quartos de final da Liga dos Campeões.

Foto: "Reuters"

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A derrota por duas bolas a zero no Wanda Metropolitano deixava a Juventus em maus lençóis e crente numa grande exibição e Cristiano Ronaldo para seguir com vida na Liga dos Campeões da Europa. Cerca de um ano após uma noite de sonho no Juventus Stadium em que assinou um dos melhores golos da carreira e indicou ao Real Madrid o caminho para a fase seguinte da prova, desta feita, foi a vez de dar uma grande alegria aos “tiffosi” da “Vecchia Signora”. A Juventus precisava de três golos para se apurar no tempo regulamentar e Cristiano Ronaldo encarregou-se de cumprir a missão: teve cabeça para os dois primeiros e, a cinco minutos do fim, na conversão de uma grande penalidade, também exibiu a frieza necessária para se superiorizar a Jan Oblak, não dando hipóteses de defesa ao guardião esloveno.

Ao apontar mais um “hat-trick” na maior prova de clubes da UEFA, Cristiano Ronaldo igualou novo recorde e ascendeu ao topo da tabela de jogadores com mais “hat-tricks” na competição (8), ao lado de Leo Messi.

Em termos absolutos, Cristiano Ronaldo cimentou o estatuto de melhor marcador da história da competição com um total de 124 golos em fases finais da prova, mais um na pré, fase que, claro está, não costuma disputar. Numa noite em que a sua ação se revelou uma vez mais decisiva, Cristiano Ronaldo aumentou outro recorde: o de golos na fase a eliminar da Liga dos Campeões (oitavos, quartos, meias e final), sendo que neste momento leva 63 contra 40 de Leo Messi. O argentino, principal rival em praticamente todos os recordes da competição, leva vantagem de cinco golos em relação a Ronaldo no que toca aos número de golos marcados na fase de grupos (66 contra 61).

No entanto, para além dos golos que faz, destaque para os que dá. Cristiano Ronaldo também lidera no número de assistências para golo na competição (36), sendo que no segundo lugar da tabela se encontra um ex-colega de equipa no Manchester United, de seu nome Ryan Giggs (30), já retirado.

A vítima Atlético

A grande noite de Cristiano Ronaldo não deixou a cidade de Madrid indiferente. De um lado, a frustração dos adeptos do Atléti por verem gorada a possibilidade de seguir em frente na Liga dos Campeões devido ao “carrasco” do costume, por outro, a nostalgia dos adeptos do Real Madrid que decerto já sentem saudades de Cristiano Ronaldo.

O Atlético de Madrid sofreu três golos da autoria de Cristiano Ronaldo pela segunda vez numa edição da Liga dos Campeões. Em termos absolutos, só o Sevilha sofreu mais golos (27) da autoria de CR7 que o Atlético (25). Ao celebrar o terceiro golo, Cristiano Ronaldo imitou a celebração de Diego Simeone no primeiro jogo e a verdade é que o português tem sido uma autêntica “pedra no sapato” para “El Cholo”: são 21 golos apontados ao Atléti desde que o argentino está no comando técnico.

Boas apostas!