“Não há dois jogos iguais”, muito menos dois campeonatos do mundo iguais. Que o diga a Costa Rica, sensação do Mundial 2014 e eliminada na fase de grupos da atual edição da prova. A Sérvia, regressada a uma fase final da competição, também não foi capaz de alcançar um dos dois primeiros postos, assegurados por Brasil e Suíça.
Não se pode dizer que a prestação da Costa Rica tenha ficado aquém do esperado, pese embora a ótima campanha rubricada no Brasil, essa sim, totalmente inesperada. A seleção que se apurou a partir da zona CONCACAF apresentou-se na Rússia com vários “repetentes”, quatro anos mais velhos e com uma estratégia de jogo sobejamente conhecida atendendo, similar em vários aspetos à que tinha apresentado no Brasil.
Os costarriquenhos perderam o primeiro duelo frente à Sérvia por uma bola a zero, resultado de um jogo “amarrado”, definido por Kolarov na cobrança de um pontapé livre. O perigo rondou mais a baliza de Keylor Navas que as redes defendidas Stojkovic, mas o empate, a acontecer, ajustar-se-ia ao que aconteceu ao longo dos 90 minutos. No segundo desafio, frente a um Brasil altamente favorito, a formação da zona CONCACAF apostou numa estratégia marcadamente defensiva que resultou durante praticamente todo o desafio frente a uma equipa “Canarinha” muito pouco inspirada que ainda assim alcançaria a vitória já para lá dos 90 minutos. Chegada à derradeira jornada isenta de pressão, a Costa Rica conseguiu “soltar-se”, fazer dois golos – o segundo na conversão de uma grande penalidade – e travar a Suíça com uma igualdade a duas bolas, regressando a casa com um ponto na bagagem e a certeza de que não havia capacidade para fazer muitos mais, pesem embora as alegadas ameaças de morte recebidas pelo seu seleccionador em virtude do desempenho menos bom da equipa, segundo a imprensa daquele país.
Derrota na “final” frente à Suíça pesou
A Sérvia regressou a uma campeonato do mundo e ainda antes do início da prova se prognosticou que a decisão do segundo lugar do grupo deveria ficar confinada ao duelo entre Sérvia e Suíça. A vitória helvética diante da nação dos balcãs, na segunda jornada, foi decisiva para o desfecho do grupo, isto num jogo “de fases” em que esteve por cima quem precisava de correr atrás do resultado, isto depois de ter sido a Sérvia a entrar melhor no encontro. Um golo de Shaqiri “ao soar do gongo” definiu o desafio, apanhando descompensada uma equipa sérvia que, a saber que teria que defrontar o Brasil na última jornada, procurava desesperadamente conquistar os três pontos no embate com os helvéticos. A Suíça avançou mas sem exibir uma superioridade clara em relação à Sérvia, nação que poderia ter conseguido algo mais mas dispõe de uma boa base, ainda em idade de atacar as próximas fases finais de grandes torneios.
Boas Apostas!