Corinthians – Chelsea (Mundial Clubes 2012)
Na melhor tradição da antiga Taça Intercontinental, e confirmando uma regra que apenas por duas vezes foi quebrada, o título de Campeão Mundial de Clubes será decidido entre o vencedor da Taça dos Libertadores, o Corinthians, e o vencedor da Liga dos Campeões Europeus, o Chelsea.
O conjunto brasileiro bateu o Al Ahly por 1-0, numa partida em que ambas as equipas tiveram maiores preocupações defensivas. Tite sabia que não podia perder nesse jogo, para poder apostar tudo na conquista do título frente ao Chelsea. O técnico brasileiro optou por utilizar Paulo André, um central mais experiente e mais alto do que Wallace, mantendo o essencial da sua estrutura no resto do onze.
Paulinho e Ralf compõem o duplo-volante habitual no Brasileirão. Douglas assume o ritmo ofensivo da equipa, com Danilo a surgir mais na direita, Emerson a ocupar a faixa esquerda e Paolo Guerrero a ser utilizado como ponta-de-lança. Esta opção valeu um golo ao peruano que, com presença física e muita experiência no futebol europeu, será uma das armas para o ataque à defensiva dos blues.
Rafa Benítez surpreendeu com o onze apresentado frente ao Monterrey. Azpilicueta foi chamado à titularidade na lateral direita, Ivanovic fez dupla com Cahill e David Luiz jogou no meio-campo, ao lado de Obi Mikel. O técnico espanhol pretenderia assim fechar o espaço às diagonais dos extremos dos mexicanos, no que acabou por ser bem sucedido. No entanto, Ramires sentado 90 minutos no banco é uma visão pouco habitual na equipa do Chelsea. Mata, Óscar e Hazard foram os responsáveis por alimentar Fernando Torres e os golos surgiram com naturalidade, dada a mobilidade desta linha atacante.
Para o jogo frente ao Corinthians, será de esperar que Ramires volte a ter lugar no onze de Benítez. David Luiz poderá recuar para a sua posição natural, saindo um dos centrais. Tendo em conta a natureza do conjunto brasileiro, Cahill poderá ser o principal candidato a ficar no banco. A alternativa passaria por tirar Óscar do onze, deixando a estrutura defensiva intacta. O pensamento mais defensivo de Benítez casaria melhor com o Chelsea do ano passado, não com um plantel com tantas opções, de qualidade, para o meio-campo ofensivo. Ainda assim, parece ser invocando esse pedigree que Benítez encontrou a forma de melhor lidar com os objetivos do Chelsea.
O Corinthians – Chelsea será um encontro de equilíbrios. Se olharmos bem para os onzes apresentados por Tite e Benítez compreendemos como existe um pensamento futebolístico muito aproximado entre os dois técnicos. Linhas de quatro defesas onde os centrais funcionam como bases fixas e os laterais têm liberdade para integrar as ações ofensivas. A presença de médios com instruções defensivas, como que criando uma clivagem entre o que é ataque e defesa no centro do terreno. Extremos rápidos e com elevada técnica, a presença de um número 10 que é fundamental na circulação da bola e a escolha de um ponta-de-lança que varre toda a área a farejar o golo mas, sobretudo, a oferecer espaço para os seus colegas penetrarem na zona de finalização.
Na sua anterior presença num Mundial de Clubes, o Corinthians defrontou uma equipa europeia, o Real Madrid, terminando o jogo com um empate. No entanto, 12 anos passaram e o futebol brasileiro modificou-se drasticamente neste período. Já para o Chelsea, esta é a primeira vez que defrontará, em provas oficiais, uma equipa da América do Sul. Na história da competição, a vantagem está do lado dos europeus. Em oito edições, cinco viajaram para o velho continente, com apenas três a ficarem na América do Sul, todas no Brasil. Uma vitória do Chelsea tornará ainda mais gritante o domínio europeu.
Apesar do favoritismo estar do lado dos ingleses, muito devido às últimas exibições conseguidas pelo grupo de Rafa Benítez, o Corinthians terá uma palavra a dizer nesta partida. Os brasileiros são dos conjuntos mais evoluídos taticamente do seu país e saberão criar dificuldades aos Chelsea. Uma vitória brasileira poderá acontecer na última edição deste Mundial a disputar-se no Japão, já que as duas próximas edições (2013 e 2014) estão já marcadas para Marrocos.
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