À entrada para a última jornada da fase de grupos da Copa América 2019, Colômbia e Chile já têm presença assegurada nos quartos de final da competição. A Argentina de Lionel Messi tem sido o principal destaque pela negativa e terá que fazer contas na derradeira ronda.
Colômbia quebra resistência do Qatar
Apresenta, até ver, o melhor futebol desta Copa América 2019. A Colômbia de Carlos Queiroz somou a segunda vitória na fase de grupos da Copa América 2019 e garantiu tanto o acesso à próxima fase da competição quanto a vitória do grupo B. Os “Cafeteros” alteraram o estilo em relação que tinham feito na vitória diante da Argentina (2-0) e viram-se obrigados a assumir o jogo perante a campeã asiática que “vendeu cara” a derrota. Quando a formação colombiana mais precisava de um rasgo individual, James Rodríguez encontrou Duván Zapata que atirou com destino às redes defendidas por Saad Al-Sheeb, carimbando uma vitória com todo o mérito. Atendendo ao que se passou dentro das quatro linhas, o argumento do “filme” não poderia ser outro.
Bicampeã apurada
A seleção chilena venceu as últimas duas edições da Copa América e apresenta-se no Brasil com aquelas que foram as suas principais referências nas edições anteriores. Naquela que poderá ser a última oportunidade para vários jogadores da geração em causa, a formação chilena tem estado á altura do desafio e depois da goleada ao Japão por quatro bolas a zero, a formação eleita por Reinaldo Rueda superiorizou-se ao Equador por duas bolas a uma. José Fuenzalida deu vantagem aos chilenos logo aos oito minutos, mas o Equador viria a empatar na Arena Fonte Nova na conversão de uma grande penalidade cobrada por Enner Valencia, principal referência da equipa. O empate foi muito consequência do abrandamento da equipa chilena que, na segunda parte, voltou a entrar “sem pedir permissão”, com laivos do que melhor exibiu nos últimos anos e o meio-campo “a todo o gás”. Marcador de serviço? Outro “suspeito do costume”, de seu nome, Alexis Sánchez.
Argentina desilude novamente
Mudar as peças do tabuleiro não é suficiente. A questão é muito mais profunda e claramente de ordem estratégica. Se duvidas restassem a Lionel Scaloni, decerto que o seleccionador argentino as terá dissipado no encontro com o Paraguai que terminou empatado a uma bola. As “mexidas” no onze com as saídas de Aguero, Di María e Saravia (jogador do Porto) de nada valeram à seleção “albiceleste” que continua a carecer de ideias e mecanismos coletivos, sempre entregue ao talento de Messi que, não raras vezes, parece remar sozinho contra a maré – uma das suas ações de condução já em tempo de compensação, sem apoios, é o exemplo material disso mesmo. Sem querermos “gastar muita tinta” sobre arbitragem, a verdade é que o ajuizamento de Wilton Sampaio foi, no mínimo, polémico, tanto na grande penalidade favorável à Argentina e convertida por Messi quanto no cartão amarelo (“alaranjado”) ao guardião Franco Armani no final da primeira parte. Para passar, a Argentina só pode pensar numa vitória diante do Qatar, na última jornada.
Traídos pelo VAR
Se a vitória por três bolas a zero diante da Bolívia tinha sido tudo menos convincente, o mesmo se pode dizer do nulo ante a Venezuela. Em ambas as ocasiões, não há a miníma duvida que a “Canarinha” foi a melhor equipa em campo e que a vitória diante dos venezuelanos se adequaria, mas é pouco para aquilo que se espera da principal candidata a arrebatar o troféu, ainda para mais a jogar em casa. Ao Brasil tem faltado criatividade apesar da qualidade individual que tem para “dar e vender” e não há o “perfume” que se espera, ainda que a “torcida” aguarde melhores dias quando for a doer. No encontro disputado na Bahia, o vídeo-árbitro “tramou” o Brasil ao anular três golos. No entanto, o VAR não foi o maior adversário da equipa brasileira que encontrou em Wuilker Fariñez, guardião venezuelano, um autêntico muro.
Nipónicos travam Uruguai
A Arena Grêmio, em Porto Alegre, recebeu aquele que foi provavelmente o encontro mais entusiasmante da Copa América 2019 até à data. Num encontro disputado “mano a mano”, o Uruguai esteve por duas vezes em desvantagem frente à jovem seleção japonesa e terminou empatado a duas bolas. Luis Suárez e José Giménez fizeram os golos da formação orientada por Óscar Tabárez, ao passo que Koji Miyoshi, médio de apenas 22 anos, apontou os dois tentos dos nipónicos. Prémio justo para a equipa japonesa que já na ronda inaugural tinha feito por merecer bem melhor que a goleada que sofreu diante do Chile (0-4).
Boas apostas!