A questão ficou resolvida no tempo regulamentar – contrariamente ao que tinha acontecido na eliminatória anterior – mas foram vários os pontos comuns ao duplo compromisso com os suecos do AIK, cuja discussão que culminou no prolongamento. Sofrendo mais do que aquilo que se previa, a equipa da “cidade dos Arcebispos” resolveu a eliminatória a seu favor e assegurou o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa. Kiev, capital ucraniana que vai receber a final da Liga dos Campeões 2017/18, assistiu ao fim do sonho do Marítimo.

Foto: "scbraga.pt"

Foto: “scbraga.pt”

O primeiro grande objetivo do SC Braga para a temporada 2017/18 está cumprido. Os “guerreiros do Minho” ultrapassaram a fase preliminar da Liga Europa e garantiram um lugar na fase de grupos da competição, marcando encontro com os alemães do Hoffenheim, os turcos do Istanbul Basaksehir e os búlgaros do Ludogorets.

Depois da vitória na Islândia (1-2), um cenário de eliminação assumiria contornos ainda mais escandalosos. Tal como em Hafnarfjordur, na receção ao AIK e ao Portimonense, o Braga entrou a perder. O golo marcado por Bodvar Bodvarsson (16′) castigava um início bracarense excessivamente relaxado, conformado com a vantagem conquistada na primeira mão. Antes do intervalo, Paulinho, reforço bracarense para esta temporada, serenou as bancadas da Pedreira ao marcar o golo da igualdade. Pedia-se um Braga mais dominador no segundo tempo, capaz de impor o seu futebol com evidentes limitações técnicas. Foi preciso Bodvar Bodvarsson ” bisar” e igualar a eliminatória para despertar os donos da casa. O caudal ofensivo da equipa bracarense cresceu e as oportunidades foram-se sucedendo. Lançado por Abel Ferreira aos 71 minutos, o avançado brasileiro Dyego Sousa assistiu Paulinho para o empate a dois golos, colocando a equipa numa posição favorável mas que não dava margem para relaxamento. A total tranquilidade só tomou conta dos presentes na Pedreira já para lá da hora, quando um erro do guarda-redes Gunnar Nielsen permitiu que Dyego Sousa encostasse para o três a dois, carimbando o passaporte para a fase de grupos em definitivo. Os minhotos venceram os dois jogos, mas o FH deu ótimos sinais de competitividade, sinal do crescimento que o futebol islandês tem conhecido.

Marítimo cai na Ucrânia

“O sonho comanda a vida” e o do Marítimo passava por alcançar um resultado que permitisse abandonar Kiev com o apuramento para a fase de grupos na bagagem. A equipa insular não foi capaz de cumpri-lo, mas não há quem possa apontar o dedo à prestação de uma equipa que deu bom sinal de si frente a um adversário que costuma marcar presença na Liga dos Campeões. O nulo registado na ilha deixava o Marítimo a acreditar que o apuramento era possível, mas o sonho começou a esvair-se aos 33 minutos, quando Denys Garmash inaugurou o marcador. Mykola Morozyuk aumentou para 2-0 antes do intervalo e Derlis González, ex-jogador do Benfica, aumentaria para 3-0 aos 61 do encontro. Menos experiente que o conjunto ucraniano a este nível, o Marítimo pagou cara a inexperiência, cometendo erros fatais frente a adversários de alto nível. Erdem Sen foi o autor do único golo maritimista na eliminatória, a 20 minutos do fim, um prémio modesto para o comportamento da equipa treinada por Daniel Ramos.

Boas Apostas!