Colômbia – Inglaterra (Mundial 2018)
Colombianos e ingleses disputam a última vaga dos quartos de final, em Moscovo. A grande dúvida mantém-se: será que James Rodríguez vai a jogo? Uma coisa é a Colômbia com ele, mesmo limitado, outra sem ele. Mas esta seleção de Pékerman também está preparada para jogar em contenção e a Inglaterra vai ter que ter maturidade e paciência para garantir o apuramento.
A Colômbia não é só James Rodríguez. Tem uma formação bem trabalhada, com um selecionador experiente que conhece muito bem o ambiente das grandes provas e os jogadores que tem no plantel. Mesmo assim, é uma coisa com o seu número 10 e outra sem ele. O jogador do Bayern de Munique nunca esteve a cem por cento desde que o Mundial arrancou mas mesmo assim conseguiu ser determinante nas vitória sobre a Polónia, há segunda jornada. Não se movimentou tanto mas tem a leitura de jogo e os pezinhos de luxo para meter a bola onde ela mais é precisa. A sua condição vinha a ser gerida sem excessos – por isso entrou só na última meia-hora do primeiro encontro – mas no jogo com o Senegal cedo se tornou impraticável continuar em campo. Saiu aos trinta e um minutos, com um destroçado de quem sente que o problema é sério.
Sem James a Colômbia perde o rasgo criativo, a leitura superior de jogo e uma boa parte da capacidade para jogar nos espaços. Mas não deixa de ser uma adversário temível. Esta seleção sul-americana de José Pékerman sabe jogar em contenção e segurar o jogo para frustrar a oposição. Com Carlos Sánchez de volta ao meio-campo defensivo, a liderar as tropas daquele setor, não é fácil romper as barreiras defensivas. Davinson Sánchez conhece bem estes ingleses que lhe vão aparecer pela frente, com destaque para o companheiro de equipa Harry Kane.
Além da dúvida com James a equipa tem a baixa confirmada do lesionado Abel Aguilar.
Onze Provável: Ospina – Arias, Mina, Sánchez, Mojica – Carlos Sánchez, Uribe – Cuadrado, Quintero, Muriel – Falcao.
Muito se disse escreveu sobre o aldo bom e o lado mau e a Inglaterra estava no centro dessa controvérsia. De facto, o segundo classificado do Grupo G teria, em teoria, um desafio mais exigente nos oitavos de final. Mas se – e este é um grande, enormíssimo se – passar este patamar terá caminha mais verdejante pela frente. Sobretudo agora que Alemanha e Espanha já estão de volta a casa. Resta o Brasil de entre os grandes favoritos e esse está do outro lado do quadro.
O vencedor desta partida entre colombianos e ingleses apanhará na ronda dos quartos Suíça ou Suécia, que não serão propriamente obstáculos que tirem o sono, tendo em conta as possibilidades de uma fase destas num Campeonato do Mundo. Mas, primeiro, é preciso lá chegar. E segundo, se essas seleções lá chegarem também sabem que têm uma oportunidade de fazer história. Adiante.
No último jogo da fase de grupos Gareth Southgate poupou alguns dos elementos mais utilizados que agora estrão de volta para completar o onze mais experimentado. Jordan Henderson, Kyle Walker e Harry Kane serão, certamente titulares. Jesse Lingard tem sido, a par do avançado dos Spurs, o jogador mais desequilibrador da formação britânica. E esta Inglaterra vai ter que ultrapassar a imagem de juventude e inexperiência se quiser chegar longe no Rússia 2018. Vai ser preciso paciência e concentração para insistir as vezes que forem preciso porque a Colômbia não vai facilitar e dar espaços.
John Stones foi substituído frente à Bélgica, com queixas nos gémeos, mas é suposto estar recuperado a tempo do jogo de terça-feira.
Onze Provável: Pickford – Walker, Stones, Maguire – Trippier, Loftus-Cheek, Henderson, Young – Sterling, Lingard – Kane.
Colômbia
|
2-3 |
Amigáveis 2005
|
|
Colômbia
|
0-2 |
Mundial 98
|
A Colômbia nunca conseguiu vencer a Inglaterra e já lá vão cinco confrontos diretos (3D/2E). O único em competições oficiais aconteceu na fase de grupos do França 98, ganho pelos Ingleses.