O regresso de LeBron James a Cleveland gerou um entusiasmo instantâneo nos adeptos dos Cavaliers, que com os jogadores que o acompanharam no fortalecimento do plantel, se sentiram, de imediato, candidatos ao título da NBA. No entanto, a entrada dos Cavaliers foi tudo menos dominadora. LeBron James reagiu aos resultados com um pedido de “relax” a todos aqueles que seguem a equipa. O tempo parece pronto a dar-lhe razão.
Mau início
Com três derrotas nos primeiros quatro encontros, os Cleveland foram notícia pelo lado negativo. Sendo que duas dessas derrotas foram frente a New York Knicks e Utah Jazz, equipas que dificilmente atingirão o playoff, a preocupação parecia começar a ganhar corpo nos Cavaliers. Para piorar as coisas, LeBron James e Kyrie Irving terão tido uma discussão, ainda que em tom amigável, sobre o posicionamento de ambos os jogadores em campo. Além de que o próprio treinador, David Blatt, ter feito uma reunião à porta fechada ao fim da primeira semana de jogos.
O quadro pintava-se assim de negro. Poucos pareciam lembrar-se de onde acabavam de chegar os Cavs. Kyrie Irving é reconhecidamente um dos grandes jogadores da NBA, mas não havia ainda conseguido transformar os Cavaliers num conjunto ganhador. Dion Waiters sentia dificuldades para ser uma figura secundária na equipa. Anderson Varejão procurava a sua melhor condição física. Para LeBron James e Kevin Love, o tempo era de aprender a jogar um com o outro e com os restantes elementos da equipa. Até para o treinador o tempo era de adaptação.
E de repente…
Quem é bom, sempre o consegue demonstrar. Esse parece ter sido o ditado que conduziu os Cleveland Cavaliers ao reencontro consigo mesmo. A reunião de David Blatt teve os efeitos esperados e a equipa começou a ganhar. Primeiro sobre os Denver Nuggets, já com Shawn Marion a ser opção no cinco inicial e LeBron a destacar-se como melhor da equipa. Depois frente aos New Orleans Pelicans, com King James a fazer um triplo-duplo e a explicar, ponto a ponto, porque os seus pedidos para que houvesse calma nas análises da sua equipa faziam sentido. 32 pontos, 12 ressaltos e 10 assistências foram o pecúlio acumulado por LeBron. Mas não esteve só. Kyrie Irving também somou 32 pontos, enquanto Kevin Love atingiu a marca dos 22.
Pode, então, a equipa de Cleveland colocar-se no rumo do título? As três derrotas sofridas fazem parte do processo, natural, de construção de um projeto ganhador. Pelo que se vai vendo na presente temporada, não há, no Este, um favorito que se destaque. Os Miami Heat parecem estar a aguentar bem a ausência de LeBron, ainda que venham a ser menos incisivos nos momentos de maior aperto, os Chicago Bulls sorriem perante a boa dinâmica da sua equipa, enquanto em Toronto continuam a existir Raptors em alta rotação. Os Cleveland chegarão na linha destes três favoritos, com a vantagem de terem LeBron. É de esperar, ainda, que os Washington Wizards se possam intrometer na luta dos cinco primeiros.
Os momentos podem ser de confiança em Cleveland, havendo garantias de que a equipa dará um salto na tabela classificativa no presente ano, mesmo que acabe por não ganhar um título para já.