O City agarrou o último lugar do pódio da Premier League e garante a Liga dos Campeões. O Liverpool vai ter que disputar o play-off de acesso. Pela primeira vez em duas décadas o Arsenal fica fora do top-4 e entra diretamente na fase de grupos da Liga Europa. Assim como o United, se não vencer na quarta-feira a dita competição. As vagas europeias estão distribuídas e a preparação da próxima temporada arranca agora.
City entra diretamente, Liverpool vai ao play-off
Manchester City e Liverpool confirmaram as posições e vão à Liga dos Campeões. Em princípio. Os Cityzens seguraram o terceiro lugar com goleada de mão cheio no terreno do Watford (5-0) o que dá entrada direta para a fase de grupos da Liga Milionária, juntando-se assim a Chelsea e Tottenham, que já tinham a vaga assegurada. Pep Guardiola respira fundo e começa já hoje a planear a próxima temporada. O segundo ano do catalão no Etihad vai ter que render mais do que um lugar no pódio da Premier League. É duro mas é assim: o City comprou o “melhor treinador do mundo”, um visionário, e pretende que ele catapulte o clube para o nível de elite europeu. Menos que isso vai ser curto.
O Liverpool também venceu na última jornada. Bateu o condenado Middlesbrough (3-0), com golos de Wijnaldum, Roberto Firmino e Adam Lallana. Fica em quarto lugar e Jurgen Klopp terá que preparar a equipa para arrancar a temporada com o play-off para aceder à fase regular da Champions. É francamente melhor do que a alternativa mas vai representar um desafio interessante para o técnico alemão. Pelo menos a possibilidade concreta de jogar a Liga dos Campeões vai ajudar a angariar novos jogadores e a manter os mais cobiçados do plantel. Pelo menos é o que Klopp espera.
Gunners fora do top-4 pela primeira vez em vinte anos
O Arsenal saiu vencedor do embate com o Everton (3-1) mas não evita a desilusão. Pela primeira vez em duas décadas sob o comando de Arsène Wenger os Gunners não terminam no top-4 e não têm alternativa senão disputar a Liga Europa. Se Alexis Sánchez já estava de malas aviadas agora a porta fica escancarada e outros podem seguir. Vai ser complicado para o Arsenal recrutar este verão, sem este trunfo da Liga Milionária na manga. Wenger, longe de ser uma garantia é, cada vez mais, um fator de instabilidade. Ninguém sabe se o Arsenal será melhor sem ele mas o clube precisa de uma reformulação para acompanhar o se se está a passar nos rivais e que não se fará enquanto ele lá estiver.
José Mourinho pode dizer o que quiser mas a não ser que ganhe a Liga Europa na quarta-feira, a sua época de estreia no Manchester United ficou aquém das expetativas. As lesões e o calendário sobrecarregado são coisas do futebol em Inglaterra e o português não é virgem nele. O sexto lugar e mais um ano com futebol europeu às quintas-feiras não foi o que os adeptos do United subscreveram com a sua vinda para Old Trafford. E nem pode argumentar com a falta de efetivos. No início da temporada ele foi muito assertivo a dizer que só precisava de quatro reforços e teve os que queria, com muitos milhões despendidos. Dito isto, os Red Devils terminaram em nota positiva. Forçado a alinhar com vários jovens da equipa B, o United acabou por se superiorizar ao Crystal Palace (2-0) em casa, coisa que outros grandes não podem afirmar esta temporada. Um dos que mereceu a oportunidade, Josh Harrop, correspondeu com o golo que abriu o marcador, à passagem do primeiro quarto de hora. Joel Pereira foi titular na baliza e manteve a folha em branco. Fosu-Mensah, Tuanzebe, McTominay e Demetri Mitchell também entraram de início. E Angel Gomes, de apenas dezasseis anos, entrou para se juntar à festa, rendendo Rooney aos oitenta e oito minutos. Uma espécie de passagem de testemunho, será?
Ronald Koeman também vai passar o verão a planear bem os passos seguintes. O Everton vai à terceira pré-eliminatória da Liga Europa. Implica começar muito cedo e todas as experiências em Inglaterra deixam o clube sobre aviso. Acumular a competição europeia com as provas domésticas tem pago fatura no campeonato.
Boas Apostas!