Chile – Bolívia (Mundial 2018)
Na oitava jornada da Fase de Qualificação do Mundial 2018 na CONMEBOL, o bi-campeão da Copa América volta a tentar reerguer-se da situação em que se encontra, para não falhar o próximo Mundial na Rússia. Pelo que se viu do Chile nos últimos verões, nada faria indicar que a equipa sentisse tantas dificuldades para se afirmar neste apuramento. Mas, na verdade, parece mesmo haver uma diferença entre ter sucesso na Copa América e nas restantes provas. Existem vários exemplos disso. O que não significa que o Chile possa dar-se ao luxo de falhar um Mundial, depois do crescimento sentido no seu futebol nos últimos anos. Joga em casa frente a uma Bolívia que vem de uma vitória frente ao Peru e vai-se escapando aos últimos lugares da tabela.
O Chile vive momentos de impaciência e dúvidas perante a caminhada que a sua seleção faz no acesso ao Mundial 2018. É difícil, para já, sentir insatisfação quando a seleção conquistou duas Copas Américas consecutivas. Com apenas 10 pontos em sete encontros, é no entanto uma questão premente, olhar para o futuro do Chile nesta fase de qualificação. Os resultados da seleção neste apuramento são uma espécie de montanha russa (sem piada em relação ao local de realização do Mundial). Com uma vitória frente ao Brasil, os chilenos já perderam pontos com todos os outros conjuntos que estão posicionados à sua frente, inclusive uma derrota no Paraguai, na passada semana, num encontro que poderia marcar a mudança de rumo. Sofrendo dois golos logo nos primeiros dez minutos, a tarefa de La Roja ficou bem complicada, e nem o golo de Vidal aos 36 minutos terá servido para conseguir lançar a equipa na luta pelos pontos. A expulsão de Medel, já na reta final do encontro, acaba por o retirar de jogo frente à Bolívia. Ausentes estão, também, Cláudio Bravo, Gonzalo Jara e Marcelo Díaz.
Onze Provável: Toselli – Isla, Vilches, Roco, Mena – Vidal, F. Silva, Aranguiz – Fuenzalida, Vargas, Alexis Sanchez.
A Bolívia conseguiu uma importante e algo surpreendente vitória perante o Peru e deu assim um passo decisivo para fugir à ameaça do último lugar na Fase de Qualificação para o Mundial 2018. Mas as esperanças de entrar noutra corrida, a do apuramento, parecem ser vagas e, sobretudo, irreais. Ainda assim, depois de bater o Peru, uma seleção que poderia ser considerada do seu campeonato, os bolivianos viajam até ao Chile com vontade de surpreender em maior grau e conseguir pontuar no terreno de um “favorito”. Estamos a olhar para isso como uma espécie de missão impossível porque a última vez que a Bolívia conseguiu algo do género foi num encontro amigável, também no Chile, onde empatou a dois golos. Para encontrar um resultado semelhante em jogos oficiais, há um empate caseiro com a Argentina em 2013 e um empate fora, com a mesma Argentina, em 2011. Uma realidade distante, no mínimo. Alejandro Chumacero, Rudy Cardozo e Luis Alberto Gutiérrez são as principais ausências nesta equipa boliviana.
Onze Provável: Quinonez – Rodriguez, Raldes, E. Zenteno, M. Bejarano – Flores, Azogue – Escobar, Campos, Arce – M. Moreno.
Excetuando dois empates, o já referido de 2014 num amigável e um outro em 2002, também em jogo disputado no Chile, a Bolívia não vence este seu rival desde o ano 2000!
Favoritismo total para o Chile, que tem sentido dificuldades perante as equipas mais exigentes, mas ultrapassado as equipas ditas mais acessíveis sem grandes problemas.