Chile – Bolívia (Copa América)
Os atuais detentores da Copa América partem para este segundo encontro sob grande pressão. O Chile precisa de vencer, depois da derrota no jogo inaugural frente à Argentina. Mas a Bolívia, a outra derrotada da primeira jornada do Grupo C, também não quer ficar já descartada e vai tentar pontuar neste embate.
Justiça seja feita, o Chile não jogou nada mal no jogo de estreia. Talvez até tenha estado melhor em campo que a Argentina mas pecou no momento de perigo junto da baliza contrária. Os homens de Martino foram simplesmente mais eficazes. Alguns acrescentariam que tiveram uma mãozinha de Claudio Bravo mas acho que seria injusto culpar o guarda-redes do Barcelona. Pelo menos, no segundo golo, de Banega, isso não é de todo correto, já que a bola sofre um desvio no pé de Mauricio Isla e trai o homem da baliza. No de Di Maria é mais discutível. De qualquer forma, todos podem ter um dia menos feliz e é certo que Bravo esteve muito tempo lesionado e fora de competição.
Não tendo feito nada de fundamentalmente errado, os chilenos perderam e agora, conhecendo a mentalidade explosiva e combativa de Alexis Sánchez, Arturo Vidal e companhia, vão querer dar um murro na mesa. No fundo, espera-se que a equipa volte a mostrar aquele lado fortemente aguerrido que a caracterizava durante os reinados de Bielsa e Sampaoli, e que parece ter perdido um pouco sob o comando de Juan Antonio Pizzi.
O Chile é o atual campeão da Copa América, conquistada no ano passado em casa, e não estarão nada virados para sair pela porta dos fundos. Nada está perdido, é bom que se entenda. Sabia-se que este grupo C era complicado mas é certo que o Chile perdeu pela margem mínima com o adversário mais forte, ele próprio um dos candidatos ao triunfo desta edição Centenário. Agora resta-lhe recuperar terreno, vencendo os jogos com a Bolívia e Panamá. Nada mais simples.
O resultado não foi o único revés para os chilenos. Perderam também Eugenio Mena para o resto da competição, com uma lesão muscular na coxa.
Onze Provável: Bravo – Isla, Medel, Jara, Beausejour – Aránguiz, Marcelo Diáz, Vidal – Vargas, Alexis Sánchez, Orellana.
Na edição de 2015 da Copa América a Bolívia, um tanto surpreendentemente, conseguiu chegar até aos quartos de final. Portanto, é natural que a seleção boliviana sonhe ir além da fase de grupos, mesmo sabendo que calhou num grupo em que a tarefa se torna praticamente impossível.
O jogo inaugural foi espetacular. Foi mesmo. Tanto bolivianos como panamianos sabiam que era a melhor chance que tinham de reclamar os três pontos era neste confronto e aplicaram-se, com garra. A chuva copiosa que se abateu sobre Chicago só ajudou ao espetáculo. A Bolívia entrou mal na partida e passou boa parte do primeiro tempo à deriva. Blas Pérez, que anda nisto há muito tempo, não se fez rogado e abriu as hostilidades logo aos onze minutos. Corriam muito, os jogadores bolivianos, mas à toa. De tal forma que fizeram o Panamá parecer melhor do que aquilo que efetivamente é. Aos poucos a Bolívia foi acalmando e organizando o meio-campo e a coisa mudou de figura. No arranque do segundo tempo Juan Carlos Arce faz o empate e os bolivianos mandavam no encontro, com a equipa adversária muito recuada. O Panamá percebeu o risco que corria e subiu as linhas. Essa alteração foi suficiente para anular o ascendente boliviano e a três minutos do fim do tempo regulamentar o mesmo Pérez fez o dois a um que se manteve até ao apito final.
Onze Provável: Lampe – Eguino, Zanteno, Cabrera – Diego Bejarano, Azogue, Saucedo, Marvin Bejarano – Arce, Smedberg-Dalence, Duk.
Chile
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5-0 |
Copa América 2015
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Chile
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2-2 |
Amigáveis 2014
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Chile
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3-1 |
Bolívia
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Mundial 2014 (Q)
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Bolívia
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0-2 |
Chile
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Mundial 2014 (Q)
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O Chile venceu vinte e oito dos trinta e nove confrontos com a Bolívia (28V/ 7E/ 4D), incluindo quatro dos cinco mais recentes. É preciso recuar dezasseis anos para encontrar o último triunfo dos bolivianos.