A seleção chilena é uma das três que participa pela primeira vez na Taça das Confederações. Independentemente do estatuto de estreante que partilha com Portugal e Rússia, a equipa treinada por Juan Antonio Pizzi dispensa apresentações. A representante da zona CONMEBOL (América do Sul) é uma forte candidata a alcançar o encontro decisivo, mas primeiro precisa de fintar as dificuldades que vai encontrar no grupo B, partilhado com Alemanha, Austrália e Camarões.
Os jogadores
A lista da seleção bicampeã da América do Sul é liderada por Alexis Sánchez e Arturo Vidal, duas figuras que dispensam apresentações e têm patenteado qualidade nos relvados europeus ao longo das últimas temporadas. Contrariamente ao que aconteceu, por exemplo, com a Alemanha, Juan Antonio Pizzi optou por convocar os rostos do costume. Sem ausências de vulto, as escolhas chilenas assemelham-se muito às da fase de qualificação para o Mundial 2018. De resto, o onze escolhido para defrontar a Alemanha no jogo inaugural poderá ser o mesmo que enfrentou a Argentina na final da edição centenária da Copa América, tendo em conta que os 11 jogadores em causa estão todos convocados.
Neste momento, o regresso do Chile à Rússia no próximo ano ainda não é um dado adquirido, uma vez que “La Roja” tem sentido dificuldades nas competitivas eliminatórias da CONMEBOL. Não obstante, a qualidade chilena permite perspetivar que a equipa acabará por se qualificar para a fase final da prova.
A caminhada até aqui
2015 foi um ano de glória para o Chile. A jogar em casa, os “mineiros” não desperdiçaram a oportunidade de vencer pela primeira vez uma edição da Copa América. Soberanamente orientados por Jorge Sampaoli, os chilenos venceram a Argentina na decisão através de grandes penalidades, corolário de um trajeto admirável em que a equipa praticou bom futebol e deu autênticas lições táticas a vários adversários.
No último verão, a CONMEBOL promoveu a realização de uma edição extraordinária da Copa América, comemorativa do centenário da prova. Nos Estados Unidos, embora sem o “encanto” do ano anterior – apesar da “demolição” frente ao México, com uma goleada por sete bolas a zero -, a seleção chilena voltou a ser a mais forte em prova e, na final, a vítima também foi a mesma: A Argentina, novamente na decisão através das grandes penalidades. Nesta Taça das Confederações, difícil haverá participante mais “legítimo” que o Chile, campeão continental em dois anos consecutivos graças à realização de uma edição extraordinária da Copa América.
As expetativas
A representante sul-americana na Taça das Confederações é sempre favorita à vitória final e a seleção chilena não foge à regra. No grupo B, Alemanha e Chile são claramente as duas principais candidatas a avançar para a próxima fase. Em relação à campeã do mundo, a equipa chilena tem uma vantagem: A experiência dos elementos que compõem a sua convocatória, em contraponto com uma formação germânica que apresenta muitas caras novas para a disputa desta prova, embora estejamos a falar de um lote de jogadores com qualidade inegável que certamente farão parte do futuro da “Mannschaaft”.
Boas Apostas!