Havia tanta coisa em jogo em Old Trafford. Não era só o duelo entre os dois técnicos rivais, entre o treinador português e a sua antiga equipa, com a possível decisão do segundo lugar à mistura. Era isso tudo e muito mais. O Man United saiu claramente por cima, tendo que reverter uma situação de desvantagem. O que quer que Mourinho tenha dito ao intervalo aos seus jogadores sortiu efeito. No arranque do segundo tempo os Red Devils deram um nó nas táticas de Conte. O Chelsea cai do top-4 em vésperas da visita ao Etihad, que o pode deixar ainda mais arredado da Liga Milionária.

Mourinho vence o duelo tático

A derrota em Old Trafford empurrou o Chelsea para o quinto posto, em vésperas de ir ao Etihad.

A derrota em Old Trafford empurrou o Chelsea para o quinto posto, em vésperas de ir ao Etihad.

As duas equipas vinham de partidas exigentes a meio da semana, na Liga dos Campeões, e esse desgaste era um fator a ter em conta. O Chelsea tinha defrontado o Barcelona, o que esgota qualquer adversário, tanto física como emocionalmente, mas teve, em contrapartida um dia a mais de descanso. O United jogou um dia mais tarde e teve ainda as viagens pelo meio. E embora o Sevilla não tenha o mesmo estatuto dos Blaugrana, o encontro no Sánchez Pizjuán não foi nenhum passeio.

A partida em Old Trafford não foi das mais espetaculares. Os dois treinadores rivais fizeram jus à reputação de mestres da tática e o Chelsea entrou melhor. Foi a primeira equipa a criar perigo e o golo de Willian aos trinta e dois minutos veio coroar esse ascendente. Desta vez, José Mourinho não tinha Ander Herrera para colocar no encalço de Eden Hazard, e optou por alterar o meio-campo. Paul Pogba regressou ao onze mas Scott McTominay manteve-se também, com o jovem médio a assumir funções de responsabilidade, nomeadamente, a de acompanhar a estrela belga dos Blues.

Não sei o que o técnico português disse no balneário ao intervalo, mas funcionou. As mudanças que operou mudaram em definitivo o jogo. Anthony Martial deu lugar a Jesse Lingard aos sessenta e quatro minutos, com Alexis Sanchez a trocar de flanco com o jovem inglês. A mudança tática do lado oposto – a saída de Hazard a vinte minutos do fim – justificada por Conte pelo desgaste do jogador não teve o mesmo êxito. Dois minutos volvidos, Lingard fazia o segundo golo dos Red Devils e dava a volta ao marcador.

Se Mourinho mostrou ter um plano A, B e C – este último quando fez entrar o terceiro central para os minutos finais, para se ocupar da ameaça Olivier Giroud – Conte mante a mesma estratégia mesmo quando se percebeu que estava a fracassar. Mal ou bem, ficou evidente que o United tem plantel suficiente para isso, o mesmo não se podendo dizer do rival londrino.

Uma última palavra para Romelu Lukaku. O poderoso avançado belga voltou a fazer uma partida de grande entrega e combinou com Lingard para os golos. O primeiro foi ele que marcou a passe do inglês; no segundo os papéis inverteram-se.

Primeiro de muitos para Guardiola?

Kompany festeja o triunfo na Taça EFL, o primeiro troféu da era Guardiola.

Kompany festeja o triunfo na Taça EFL, o primeiro troféu da era Guardiola.

O Manchester City bateu este domingo o Arsenal, na final da Taça EFL, com golos de Sergio Aguero, Vincent Kompany e David Silva. A equipa de Pep Guardiola fez o que dela se esperava, sem ser particularmente exuberante, mas foi mais do que suficiente para conseguir a vitória mais expressiva do clube na final de uma taça. O confronto serviu também para tornar, mais uma vez, evidente, a distância que existe em termos de qualidade e recursos entre os Gunners e o topo da tabela da Premier League.

Foi o primeiro troféu de Guardiola na sua passagem pelo Manchester City e é consensual que deve ser apenas o primeiro de muitos. Veremos se ainda esta época.

Boas Apostas!