Celtic e Basaksehir protagonizaram as sensações da primeira mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Pela negativa, o clube escocês alinhou sem um ponta de lança e ficou a zeros em casa frente ao Rosenborg. Pela positiva, a equipa turca deu a volta ao resultado em Bruges, depois de ter estar a perder por dois desde cedo e acabou com um ponto na bagagem. O Ajax aguentou-se em Nice. Dínamo, Olympiakos e CSKA confirmaram o favoritismo.
A falta que um avançado faz
Na quarta-feira o Celtic de Glasgow foi mantido a zeros em casa pelo Rosenborg. A jogar sem uma referência na área a formação escocesa até conseguiu dominar a posse de bola e rematou mais do que o adversário (12-8) mas nunca foi capaz de criar verdadeiro perigo. Na ausência dos dois avançados – Moussa Dembélé por lesão e Leigh Griffiths por castigo – o médio Tom Rogic foi o homem mais adiantado, sem resultados. Foram mesmo os noruegueses que tiveram as melhores oportunidades de concretização. Aos sessenta e um minutos um passe intercetado deixou Erik de Lanley em posição frontal para marcar mas o remate foi ao lado. Niklas Bendtner teve ainda outras duas ocasiões muito favoráveis. Agora o Celtic, que partia para a ronda como favorito, terá que ir marcar à Noruega, o que já provou ser complicado.
Brendan Rodgers tem um problema sério e pouco tempo para encontrar soluções que o plantel não tem. Griffiths talvez seja recuperável para a segunda mão, embora tenha sofrido um toque no tornozelo. Mas Dembélé é carta fora do baralho pelo menos durante um mês.
Puxar dos galões
Os restantes clubes que entravam na eliminatória como favoritos confirmaram o estatuto. O Dínamo de Kiev impôs em casa ao Young Boys (3-1) e o Olympiakos, com Dieogo Figueiras e Mehdi Carcela no onze inicial, fez o mesmo na deslocação a Belgrado (1-3). O CSKA de Moscovo também não facilitou e saiu de Atenas com dois golos sem resposta.
O Ajax de Amesterdão conseguiu-se aguentar em Nice (1-1), tendo agora a oportunidade de resolver a eliminatória no regresso a casa. A equipa francesa marcou primeiro, por intermédio de Mario Balotelli, e tentou aplicar a aula tática de Mourinho na final da Liga Europa, inviabilizando a criação ofensiva com uma defesa homem a homem. O Nice dominou boa parte do encontro mas não o suficiente para conseguir garantir uma vantagem confortável. No início da segunda parte Donny van de Beek contou com a colaboração de Cardinalle para chegar ao empate (1-1).
Club Brugge não ganha para o susto
Mas a sensação maior aconteceu na Bélgica. Depois de estar a vencer por duas bolas a zero antes dos vinte minutos – Dennis Boaventura e Stefano Denswill –, o Club Brugge foi surpreendido pela reação da formação turca. A dezoito minutos do fim, Márcio Mossoró, em dose dupla, e Eljero Elia tinham dado a volta ao resultado. Por muito pouco – os belgas refizeram a igualdade aos setenta e oito – o Basaksehir não saía de Bruges com os três pontos. Mas os três golos marcados fora já ninguém lhe tira.
Boas Apostas!