Final da temporada da Major League Soccer, tempo para fazer um balanço ao que foi a temporada no campeonato de futebol da América do Norte. Pela primeira vez na história, uma equipa canadiana venceu a MLS, repetindo o feito dos Toronto Metros-Croatia, que em 1976 tinham vencido a NASL. Este feito, no entanto, vem rodeado de outros, igualmente importantes. Os Toronto FC bateram o recorde de pontos na fase regular e são a primeira equipa a vencer três provas na mesma temporada na América do Norte, juntando a MLS Cup, a Supporters’ Shield e o Campeonato do Canadá.
Uma das grandes figuras deste trajeto é o técnico Greg Vanney, que teve o seu primeiro trabalho como responsável técnico nesta equipa. Quando chegou, em 2014, pouco esperariam ver nele o perfil do treinador que evoluiu taticamente, aprendeu com as fragilidades apresentadas em cada temporada, acabando por construir uma equipa com respostas para os vários momentos do jogo. Sebastian Giovinco é, sem dúvida alguma, o jogador de topo neste conjunto. Mas, este ano, esteve longe de ser a única ameaça apresentada pela equipa. Victor Vázquez e Jozy Altidore tiveram muito peso em termos ofensivos, Michael Bradley foi essencial na união estratégica da equipa, enquanto Chris Mavinga e Drew Moor foram muito constantes no momento defensivo.
Não houve, ao longo da temporada, nenhuma equipa que tenha demonstrado nível para impedir que os Toronto FC chegassem ao título. Foi uma temporada de intenso domínio, conseguindo ainda ser a primeira equipa, desde 2011, a atingir a final da MLS Cup depois de vencer a temporada regular. É uma mudança de chip que se tem provado bastante complicada, mas que os Toronto FC conseguiram quebrar. O grande objetivo da equipa canadiana foi, agora, conquistado. Manter as suas principais referências e tentar uma segunda vitória será o objetivo para o próximo ano.
Uma seleção de estrelas
Vários foram os jogadores que se destacaram durante o play off desta prova. Na baliza, Stefan Frei, com nove defesas na final da prova, acaba por merecer o maior destaque. Em termos defensivos, Román Torres ter-se-á mesmo superado à dupla constituída por Drew Moor e Chris Mavinga, para merecer o destaque. No que toca ao meio-campo, Michael Bradley superou tudo e todos, com Sacha Kljestan e Fede Higuaín a terem sido muito importantes para os bons resultados das suas equipas.
Na frente de ataque, é mais difícil de definir as estrelas. Clint Dempsey foi fundamental para a caminhada do Seattle Sounders até a uma nova final, com Jozy Altidore a ficar com o prémio de marcar o golo decisivo na final. David Villa, um jogador que foi muito influente na fase regular, tal como Diego Valeri, acabaram por não ter sucessos nos play off que justificassem a entrada neste lote, ainda que sejam duas das figuras do ano.
De olho em 2018
A temporada de 2018 já começou, com várias trocas a mexerem com os plantéis. Mas o maior destaque vai para os Los Angeles FC, que tiveram ontem o seu draft de expansão, podendo escolher cinco jogadores dos plantéis das equipas da MLS. Três jogadores irão fazer parte de um plantel que terá, para já, Carlos Vela, como principal referência. Tyler Miller, guarda-redes suplente dos Seattle Souders, Latif Blessing, dos Sporting KC e Marco Ureña, dos San Jose Earthquakes, dois avançados, são somas interessantes ao plantel. Mas a grande surpresa veio da troca das outras duas escolhas, Jukka Raitala e Raheem Edwards, por Laurent Ciman, dos Montreal Impact. O belga não teve uma temporada muito feliz, mas não deixa de ser uma das grandes figuras da Liga. E, pelos vistos, não terá ficado muito satisfeito pela troca se ter realizado sem o seu acordo. A nova temporada promete.
Boas apostas!