Camarões – RD Congo (Amigável de Seleções)
As 16 seleções qualificadas para a Taça das Nações Africanas 2017 já trabalham tendo em vista a participação na prova que vai decorrer no Gabão. A primeira semana do novo ano civil fica marcada pelos primeiros compromissos de preparação. Yaoundé, capital dos Camarões, recebe o jogo entre a seleção local e a congénere da República Democrática do Congo.
A seleção dos Camarões volta a marcar presença na fase final da competição de seleções mais importante do continente africano e quer apagar a imagem deixada na Guiné Equatorial, há dois anos, quando foi precocemente eliminada ao terminar na quarta posição do grupo D com apenas dois pontos. A fase de qualificação correu bem aos eleitos do treinador Hugo Broos, uma vez que terminaram a derradeira fase de grupos de acesso à Taça das Nações Africanas sem derrotas, conquistando 14 pontos em seis jogos numa etapa em que mediram forças com as seleções de Mauritânia, África do Sul e Gâmbia. A comitiva reuniu-se ao início da tarde de segunda-feira, 2 de janeiro, em Yaoundé, cidade em que vai defrontar a República Democrática do Congo e o Zimbabwe antes de voar com destino a Liberville.
De um ponto de vista global, estamos perante um conjunto maduro, maioritariamente composto por jogadores que já possuem experiência em fases finais de grandes competições. Jogadores como N’Koulou, Chedjou, Salli, Bedimo, Choupo-Moting, Moukandjo ou Vincent Aboubakar integram a convocatória e também fizeram parte da comitiva que viajou para o Brasil em 2014 para disputar o campeonato do mundo. No grupo A juntamente com Gabão, Guiné-Bissau e Burkina Faso, os camaroneses surgem como favoritos a garantir um dos dois lugares de acesso à fase seguinte.
Onze Provável: Fabrice Ondoa, Henri Bedimo, Nicolas N’Koulou, Aurélien Chedjou, Michael Ngadjui, Ambroise Oyongo, Sébastien Siani, Edgar Salli, Benjamin Moukandjo, Zoua, Ibrahim, Vincent Aboubakar
A boa prestação da República Democrática do Congo na CAN 2015 aumenta a responsabilidade da equipa treinada por Jean Ibengé na hora de abordar a competição que se avizinha. Embora tenha rejeitado definir um objetivo concreto, Jean Ibengé revelou que “não planeia voltar do Gabão antes de fevereiro”, mês marcado pela realização das meias-finais (dia 1), encontro de atribuição m do terceiro lugar e final. Detentora da medalha de prata do futebol africano, a seleção congolesa possui uma boa geração de futebolistas e apresenta capacidade para voltar a chegar longe. Nomes como Youssouf Mulumbu, Dieumerci Mbokani ou Cédric Bakambu certamente serão familiares ao ouvido do adepto, ou não estivéssemos a falar de atletas que atuam nos relvados ingleses e espanhóis. Nos 31 pré-convocados do seleccionador congolês, constam oito jogadores que atuam em Inglaterra, dois em França, dois em Espanha e outro na Alemanha – destacando apenas os principais campeonatos. Os “Leopardos” iniciaram a participação no dia 28 de dezembro, mas o grupo não se apresentou completo em virtude dos compromissos dos atletas com os clubes. Yanick Bolasie, do Everton, é a principal baixa por lesão.
Líder do grupo A de apuramento para o Mundial 2018 a par da Tunísia (seis pontos em dois jogos), a República Democrática do Congo também brilhou a caminho da fase final da prova que se avizinha, ao terminar o grupo B de apuramento na liderança com 15 pontos, frutos de cinco vitórias em seis jogos – República Centro-Africana, Angola e Madagáscar foram os três adversários na última fase de apuramento para a competição.
Onze Provável: Ley Matampi, Marcel Tisserand, Chancel Mbemba, Fabrice Nsakala, Gabriel Zakuani, Youssouf Mulumbu, Neeskens Kebano, Rémi Mulumba Paul José Mpoku, Dieumerci Mbokani, Cédric Bakambu
O último encontro entre estas duas seleções reporta-nos à CHAN 2016, competição em que os seleccionadores costumam apostar em jovens que atuam nos campeonatos locais. Nos dois encontros anteriores, ambos amigáveis disputados em 2015, registaram-se empates a um golo. Antevê-se um encontro equilibrado entre as duas equipas e é provável que tanto uma como outra consigam chegar ao golo, atendendo também à qualidade que possuem nas respetivas frentes de ataque.