Burquina Faso – Gana (CAN 2013)
Na segunda meia-final da Taça das Nações Africanas, o favorito Gana encontra uma das surpresas da prova, o Burquina Faso. É apenas a segunda vez que os burquinenses atingem esta fase da prova, depois de o terem alcançado em 1998, no seu país, enfrentando uma equipa ganesa que tem sido muito sólida mas que não provou ser invencível.
Frente a Cabo Verde, nos quartos-de-final, o Gana mostrou o que o pode levar a vencer a CAN, mas também deixou claro por onde a poderá perder. Uma equipa que valoriza a consistência nas duas fases do jogo, mas tem uma forte tendência a resguardar-se no seu meio-campo, coloca-se muitas vezes em perigo. Neste jogo, os ganeses não foram capazes de criar um golo. Ao marcar numa grande penalidade e numa jogada onde não havia nenhuma oposição (no último minuto, todos os cabo-verdianos, inclusive, o guarda-redes, estavam no ataque), o Gana deixa algumas dúvidas da sua capacidade para fazer a diferença.
Será assim mais uma prova à qualidade defensiva ganesa, que poderia elevar o seu guarda-redes, Dauda, a herói nacional, dada a forma como salvou a sua equipa de sofrer golos. Boye e Vorsah são excelentes centrais, mas o Gana, mesmo em esquema defensivo, deu imenso espaço para que Cabo Verde explorasse em velocidade, algo que o Burquina Faso tem a mesma capacidade para fazer.
A equipa ganesa também sofreu uma grande alteração com a entrada de Wakaso, que começou no banco. À solta no lado esquerdo, Wakaso explorou toda a largura do campo para levar o Gana à vitória. Será de esperar a sua entrada no onze, com Atsu a voltar a cumprir bem o seu papel no extremo contrário, onde tenta equilibrar a ação ofensiva com o cuidado defensivo.
A equipa do Burkina Faso tem sido das que mais sinais de magia africana tem dado nesta competição. Muito se deve a Alain Traoré, que agora, lesionado, está impedido de dar o seu contributo à equipa, e a Pitroipa, o craque burquinense, que marcou o golo decisivo para a vitória frente ao Togo.
Mais do que o golo, Pitroipa é o líder de uma equipa que está agora dependente da sua qualidade. O jogador parece mais confiante, sem virar a cara à luta, muito apoiado na frente pela entrada de Dagano, um jogador mais possante e mais capaz de aguentar com a defesa adversária.
A equipa do Burquina Faso, orientada por Paul Put, tem sido assim capaz de afastar os fantasmas que pareciam impedir o seu sucesso, podendo agradecer também à ação de Kaboré, um jogador muito evoluído e influente no meio campo da sua equipa. Para além dele, a linha defensiva tem sido constante e dado sinais de experiência, com ambos os guarda-redes utilizados a mostrarem qualidades para empurrar o Burkina Faso até à derradeira partida da competição.
Não tendo nada a perder nestas meias-finais, perante um Gana que é o grande favorito, Pitroipa e companhia poderão tentar o impossível e prolongar o efeito surpresar por mais uns dias.
O Burquina Faso até tem um histórico favorável nos confrontos com o Gana, embora a maior parte das suas vitórias tenham sido em encontros amigáveis:
Burquina Faso | 0-1 | Gana | CAN 2010 |
Gana | 2-1 | Burquina Faso | WC2006 CAF |
Burquina Faso | 1-0 | Gana | WC2006 CAF |
Burquina Faso | 1-2 | Gana | CAN 2002 |
Burquina Faso | 2-1 | Gana | Jogos Amigáveis 1996 |
Burquina Faso | 1-0 | Gana | Jogos Amigáveis 1990 |
Burquina Faso | 3-1 | Gana | Jogos Amigáveis 1988 |
Burquina Faso | 3-0 | Gana | Jogos Amigáveis 1988 |
Burquina Faso | 0-2 | Gana | Jogos Amigáveis 1984 |
Caso vençam esta quarta-feira, será a primeira vez que o farão numa CAN, sendo também um bilhete para uma estreia na final da competição. A possibilidade é real, mas o Gana é, mesmo assim, o favorito. A maior experiência competitiva dos seus jogadores poderá ser essencial no momento de fechar a partida.
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