A Alemanha do futuro arrisca conquistar a Taça das Confederações. Com imenso talento, as jovens segundas linhas em que Joachim Low apostou mostram serviço e colocam os titulares da seleção A de sobreaviso. O Chile precisou de ir às penalidades para garantir passagem mas aí Cláudio Bravo esteve imperial.
O futuro é já para a Mannschaft
Os dois jogos que decidem os lugares do pódio serão repetições de embates da fase de grupos. Alemanha e Chile disputam a final, Portugal e México o terceiro lugar. As partidas da semana passada terminam ambas empatadas mas aqui terá que haver vencedor final.
O México entrou a perder em todos os jogos da Taça das Confederações. Não é de estranhar que a equipa de Joachim Low tenha identificado essa característica e tenha dado instruções para entrar a matar. Aos oito minutos da meia-final já a seleção Tricolor estava a perder por dois golos sem resposta. Nas ocasiões anteriores, a formação mexicana conseguiu anular as desvantagens, sempre com algum sofrimento à mistura. Basta recordar o susto com a Nova Zelândia. Mas Die Mannschaft não é uma seleção qualquer, mesmo esta versão menos calejada. Com dois golos de adianto até os jovens germânicos perceberam que a bola estava do outro lado. Cabia ao México correr atrás, coisa que fez, e à Alemanha manter a sua organização.
Com uma formação de futuro, a Campeã do Mundo em título arrisca-se a conquistar a Taça das Confederações. Leon Goretzka e Timo Werner, entre outros, mostram qualidade e maturidade para serem desde já considerados para a seleção A na máxima força. É casa para dizer a alguns dos habituais titulares que se ponham a pau. A convocatória para o Mundial do próximo ano ganhou várias alternativas. Low já ganhou a toda a linha. Não só soma mais uma final de uma grande evento FIFA como o faz com uma aposta de futuro. Conquistou os jogadores habituais dando-lhes um verão de férias antes do Campeonato do Mundo e ganhou os do futuro porque lhes deu oportunidade de mostrarem ser alternativa.
Bravo, Chile
Portugal falha a final da Taça das Confederações. Num jogo muito equilibrado e que não saiu do impasse em jogo corrido, os sul-americanos levaram a melhor na marcação de grandes penalidades (0-0, 3-0). Claudio Bravo defendeu as três tentativas lusas – Quaresma, Nani e Moutinho – dispensando assim o completar da série. Já Arturo Vidal, Aránguiz e Alexis Sánchez não tremeram frente a Rui Patrício.
A meia-final foi bastante equilibrada, com as duas formações a conseguirem, muito eficientemente, anular os trunfos adversários. As figuras maiores de um lado e outro tiveram guarda de honra e ficaram manietadas. Pode-se dizer que Fernando Santos mexeu tarde mas mesmo assim as alterações operadas não vieram mexer com o jogo. Não deixa de ser curioso que numa partida em que se estreava a possibilidade de fazer uma quarta substituição se o encontro for a prolongamento ambos os selecionadores adiaram ao máximo fazer modificações no onze.
A euforia impera na comitiva chilena. Esta é uma equipa experiente que venceu duas Copas Américas consecutivas vencendo para tal a Argentina de Leo Messi. Agora conseguem defraudar as ambições de Ronaldo e sentem-se os maiores. É preciso baixar à terra porque ainda há uma final para jogar.
No embate da fase de grupos Alemanha e Chile terminara empatadas a um. Alexis abriu o marcador para os líderes da CONMEBOL e Lars Stindl repôs a igualdade ainda antes do intervalo nessa espécie de ensaio para a final. Aconteça o que acontecer, a Taça das Confederações terá um vencedor a estrear. Será o sexto país a inscrever o seu nome no grupo restrito dos que já venceram a competição, juntando-se assim a Brasil (4 títulos), França (2), Argentina, México e Dinamarca.
Boas Apostas!