Existe uma montanha russa em solo brasileiro e apelida-se como “a canarinha”. Naturalmente que falo da seleção brasileira que tem ligado o “complicómetro” em alguns jogos desta Copa América. A falta de audácia é uma das razões que os adeptos apontam para estes resultados, mas sobretudo para as dificuldades “enormes” que a canarinha apresenta, quando apanha pela frente o “autocarro”, como foi o caso do Paraguai no jogo desta madrugada. Criativos não faltam no elenco de tite, desde Coutinho, William, Everton, e até Firmino e Gabriel Jesus quando baixam para vir buscar jogo. Mas, a dinâmica tem “emperrado” invariavelmente, e exceptuando a exibição contra o Peru, em que o Brasil venceu e convenceu (5-0), a verdade é que nos restantes jogos ficou muito aquém do esperado, mesmo quando venceu a Bolívia, no jogo de abertura.
O Carrossel do Brasil que por vezes não anda…
O Brasil é o principal candidato a vencer a Copa América, pelo menos na teoria. Não apenas pela qualidade individual do seu elenco, mas sobretudo pela capacidade e solidez defensiva que apresenta. Além disto, o factor casa vem dar um fortíssimo handicap, o que faz com que a canarinha seja, de longe, o mais sério candidato a vencer o torneio.
Mas, vamos agora ao plano prático, e aqui sim começam os problemas. É que, de facto, o Brasil não tem comprovado todo esse favoritismo. No primeiro jogo, com a Bolívia ficou na retina a primeira parte de sofrimento, onde foi praticamente um “deserto de ideias”, mesmo com jogadores altamente criativos a comporem o onze inicial. Mas, para a história do jogo ficou o resultado, e quem não visse esse encontro, ficava com a impressão de um Brasil balanceado para um “mar de rosas”. Mas, veio o jogo com a Venezuela, e com ele chegou o primeiro “autocarro” que o Brasil não conseguiu desmontar. Viu-se novamente, mais do mesmo, e a certa altura parecia que estávamos a ver um “filme repetido”. É verdade que a seleção orientada por Tite é extremamente sólida, no seu processo defensivo, e os resultados comprovam-no, mas depois tem a outra face da moeda, que penaliza muito a equipa em termos ofensivos.
O terceiro jogo veio, e antevia-se mais “facilidades” para o Brasil, não pela menor qualidade do Peru, muito pelo contrário, mas pelo estilo de jogo que os peruanos apresentam. Aqui o Brasil não encontrou uma seleção fechada e com as suas linhas compactas, e isso foi determinante para o maior à vontade da seleção da casa. Além disso, o Peru deu uma grande ajuda ao cometer erros de “palmatória” como aquele que proporcionou o 2º golo, e praticamente o fechar do encontro, a favor da seleção de Tite.
Depois de um resultado de goleada, e novamente contra uma seleção fortemente defensiva, esperavam-se novamente dificuldades para a canarinha. E seria “chover no molhado” repetir o filme já visto nos encontros com a Bolívia e Venezuela. Este Brasil está longe de convencer, e se compararmos o favoritismo exacerbado que tem, com aquilo que joga na realidade, existe aqui uma grande diferença que se pode aproveitar.
Brasil vs Argentina é o que o “povo pede”
Está na eminência mais um dos embates de maior rivalidade no mundo do futebol, entre brasileiros e argentinos. Mas, para que isso seja possível, a Argentina terá de jogar bem mais do que tem feito até aqui. Quase que se pode dizer que a Argentina está nesta fase graças ao “Qatar” que venceu por (2-0).
Os dois primeiros jogos foram um verdadeiro suplício, primeiro com a a incapacidade os argentinos mostraram frente à Colômbia, no qual perderam (2-0). E no segundo jogo, frente ao Paraguai não foi muito melhor, uma vez que empataram a uma bola. Agora, frente à Venezuela, a Argentina vai provar do mesmo “veneno” que o Brasil que não foi capaz de desmontar a Venezuela defensivamente.
O mundo quer, o povo pede um Brasil vs Argentina, mas será capaz a formação azul celeste de cumprir este desejo?
Boas Apostas!