Brasil – Porto Rico (Jogos Panamericanos 2015)
Os Jogos Panamericanos têm no basquetebol uma das suas modalidades mais importantes, com os grandes países do continente americano a participarem nesta prova com equipas onde estão presentes vários dos seus jogadores principais. Faltam mais nomes da NBA, é claro, mas muitos dos valores que atuam na Europa estarão presentes em busca de uma vitória que, em termos de importância, acaba por ser a mais significativa do continente. No jogo de abertura, o Brasil defronta o Porto Rico, em busca de um resultado que possa colocar a equipa canarinha como principal candidata a estar na final.
O Brasil vai ser liderado por um base que estará, na próxima época, na NBA. Raulzinho Neto assinou pelos Utah Jazz e regressou à concentração dos canarinhos para assumir, muito provavelmente, o lugar de base titular. Raulzinho foi o jogador mais importante da seleção brasileira nos Campeonatos da América do Sul no ano passado e será, dessa forma, uma peça fundamental no desenrolar da competição para a equipa liderada pelo argentino Ruben Magnano. Sem ter disponíveis a grande parte dos seus atletas que têm contratos na NBA, onde se destacam Tiago Splitter, Anderson Varejão, Nenê e Leandro Barbosa, a ausência de Marcelinho Huertas, do Barcelona, também será difícil de ultrapassar. Ainda assim, com Raulzinho e o experiente Larry Taylor, a equipa deverá ter talento suficiente para “aguentar” o barco no jogo exterior. Para jogar perto das tabelas, as presenças de Rafael Hettsheimeir e Augusto Lima serão fundamentais, merecendo também nota a presença de JP Batista na rotação. Rafa Freire, Vítor Benite e Olivinha também trarão qualidade ao jogo dos brasileiros que, num grupo onde Porto Rico e República Dominicana apresentam equipas fortes e os Estados Unidos têm um plantel que, mesmo sem grandes nomes, manterá o habitual nível, uma vitória na primeira jornada poderá ser bem significativa.
Porto Rico estará presente nesta edição dos Panamericanos com um plantel onde o grande destaque vai para o jogador NBA José Juan Barea. O pequeno base foi o melhor jogador dos porto-riquenhos na última edição do Mundial e o técnico americano considerou ser essencial a sua presença, de maneira a também ajudar a evoluir uma série de jogadores que estarão nesta prova a lutar por uma posição no plantel que tentará o apuramento para os Jogos Olímpicos de 2016. Para além de Barea, o outro jogador que repete presença em comparação com o Mundial 2014 é Ramon Clemente, um poderoso jogador interior que atuou, esta temporada, no Obras Sanitarias da Argentina. Clemente será uma presença muito física na luta das tabelas e tem a responsabilidade de, neste primeiro jogo, ajudar a anular uma das forças da equipa adversária. Sendo fundamental, num grupo com tanto equilíbrio, vencer o jogo inaugural, a equipa de Rick Pitino sabe bem que é já nesta terça-feira que terá que começar a demonstrar a sua qualidade.
As duas equipas encontraram-se em 2013, em provas diferentes, sempre com Porto Rico a sair vencedor.
Neste momento, no entanto, parece ser o Brasil quem chega com melhores perspetivas aos Jogos Panamericanos, não podendo espantar que os canarinhos alcancem uma vitória nesta terça-feira.