Com autoridade, o Brasil bateu a Sérvia e passa aos oitavos de final no primeiro lugar do Grupo E. A seleção canarinha vem em crescendo e até Neymar parece evoluir de jogo para jogo. Tite tem razões para estar satisfeito com a prestação coletiva e depois de uma curta folga há o embate com o México para preparar. Enquanto os brasileiros suspiram pelo número 10 ao melhor nível, é Philippe Coutinho a figura criativa que sustenta o onze. Só não vê quem não quer.
Tite permite-se uma caipirinha
O selecionador brasileiro disse em jeito de brincadeira que à noite ia haver caipirinha. Depois da classificação para os oitavos de final há que aproveitar um breve momento de descontração para depois retomar o Mundial com concentração máxima. O objetivo primeiro está cumprido e apesar das hesitações iniciais, a equipa vem a melhorar as exibições. Isto não é com começa e é essencial chegar aos momentos decisivos da competição ao melhor nível.
Num dia em que a campeão Alemanha fez as malas, terminando no quarto lugar do respetivo grupo, é um grande alívio ver que a Canarinha está evoluindo positivamente. De entre os putativos candidatos a ganhar este Campeonato do Mundo, terminar esta primeira fase é o Brasil que ganha força.
Neymar está chegando
Tite tinha dito que o número 10 precisava de cinco jogos para atingir o pico de forma. Já vão três e a evolução tem sido contínua. Ainda não é o jogador envolvido e endiabrado dos seus tempos do Barcelona mas vai-se aproximando. Nem sempre é fácil contrariar a tendência para os lances individuais e é por demais evidente que Neymar busca o golo para ser decisivo e restaurar confiança. Ontem fez a assistência para o segundo, que Thiago Silva marcou vindos das alturas. O resto vai acabar por acontecer.
Coutinho é uma mão na roda
Enquanto os adeptos brasileiros suspiram por um Neymar no topo das suas capacidades, o Brasil vai progredindo graças ao médio do Barcelona. O camisola 10 pode continuar a ser a estrela, mas Philippe Coutinho é a peça criativa que faz com que os resultados apareçam. Com a leitura de jogo e cultura tática que tem e foi aperfeiçoando, ele faz de tudo – contenção, vir buscar a bola mais atrás – mas é no lançamento ofensivo que causa os maiores estragos. Nos momentos de impasse é a ação de Coutinho que rompe para evitar o acumular de ansiedade na Canarinha. Foi assim no golo à Suíça, no jogo inaugural, quando marcou um golo espetacular. E na segunda jornada, quem desbloqueou a situação frente à Costa Rica? Coutinho, claro, mais uma vez a marcar.
Marcelo em dúvida
O lateral do Real Madrid durou pouco em campo. Uma contração violenta na zona lombar deixou-o KO e teve que ser substituído de imediato. Marcelo foi logo medicado e aparentemente reagiu positivamente ao tratamento mas o médico da seleção brasileira não garante que esteja apto para o jogo com o México, na próxima segunda-feira.
Ai Jesus que Gabriel não marca
Os jornalistas brasileiros, agora que a passagem está fechada, estão preocupados com a seca de golos de Gabriel Jesus. Tite já veio desdramatizar. Esta equipa tem várias soluções para chegar ao golo e não é preciso colocar mais pressão ainda sobre o jovem avançado. Coutinho tem encontrado caminhos, Neymar começa a ajudar e quando essas opções não faturam ainda há um lance de bola parada e cabeças competentes para cumprir com o objetivo. O 9 sentiu necessidade de se justificar, esclarecendo que faz muitas outras coisas pela equipa, inclusive a fechar a lateral quando é necessário. É muito verdade, assim como o apoio que ele dá nas transições ofensivas. O golo de Coutinho aos costarriquenhos teve assistência de Gabriel. Tite reforçou o mesmo, dizendo que, como técnico, sofre por deixar um jogador como Firmino de fora. Mas tenta passar aos envolvidos que cada um tem características diferentes e são elas que ditam uma ou outra utilização.
Boas Apostas!