Sinais (muito) positivos na antecâmara da viagem para a Rússia. O estádio da Luz assistiu a uma vitória portuguesa frente à Argélia que não merece a menor contestação. A diferença de três golos placard final poderia ter sido mais significativa atendendo ao domínio “luso” ao longo de toda a partida.
Dinâmica, velocidade, pressão alta e boa reação à perda de bola. A seleção nacional esteve bem no derradeiro ensaio tendo em vista a estreia no Mundial 2018. Fernando Santos escalonou a equipa em 1x4x4x2 e levou a jogo um onze muito próximo daquele que deverá apresentar para o confronto com a Espanha. No que a duvidas diz respeito, Rúben Dias ou José Fonte poderão surgir no posto ocupado por Bruno Alves, enquanto Bruno Fernandes e Gonçalo Guedes, marcadores de serviço, parecem ter legitimado um lugar na equipa inicial em detrimento de João Mário e André Silva.
O domínio português foi uma evidência ao longo de toda a partida e, chegados ao intervalo, o marcador já assinalava uma vantagem de dois golos favorável à equipa nacional com um incomum golo de cabeça da autoria de Bruno Fernandes, médio português que dilatou a vantagem depois de Gonçalo Guedes ter aberto a contagem. Do outro lado estava uma seleção argelina sem alegria, incapaz de contrariar a estratégia portuguesa e cuja qualidade individual estava longe de se encontrar de acordo com aquilo que a equipa produzia dentro de campo. Mahrez, Brahimi e Slimani, três jogadores de reconhecido valor em termos individuais, poucas vezes chegaram com perigo à beira da baliza de Rui Patrício, incapazes de suprimir as graves lacunas da equipa magrebina em termos coletivos. Desacreditada após falhar o acesso ao Mundial 2018 e ciente de que a permanência de Rabah Madjer no comando técnico tem “um prazo”, a seleção do norte de África esteve longe de exibir o seu melhor nível na Luz.
Na segunda etapa, aos 55 minutos, Gonçalo Guedes encarregou-se de aumentar para 3-0, continuando a provar que tem as caraterísticas ideais para este tipo de abordagem ao jogo. A partir daí, Fernando Santos começou a mexer na equipa, promovendo as entradas de José Fonte, Mário Rui, Ricardo Quaresma, João Mário, Adrien Silva e André Silva. O médio do Inter de Milão que na última época passou por um período de empréstimo ao West Ham ainda fez com que a bola beijasse as redes da baliza defendida por Salhi, mas o golo foi invalidado por Craig Pawson.
Ensaio com nota positiva antes da partida com destino à Rússia, nação em que a equipa nacional enfrentará a Espanha no próximo dia 15 de junho.
Boas apostas!