Boca Juniors – Huracán (Primera División)
A 14ª ronda do campeonato argentino coloca frente a frente duas equipas que estiveram envolvidas na disputa dos oitavos-de-final da Libertadores na última semana, ainda que com sortes distintas. Enquanto que o Boca Juniors confirmou um lugar entre os oito finalistas da competição de clubes mais importante da América do Sul, o Huracán ficou pelo caminho. Na Bombonera enfrentar-se-ão duas equipas que integram a zona 2 do torneio argentino e estão separadas por dois pontos na pauta classificativa.
O Boca Juniors superou o Cerro Porteño com sucesso nos oitavos-de-final da Libertadores, ao vencer a formação paraguaia nos dois encontros (1-2; 3-1). Pelo meio, mediu forças com o Argentinos Juniors e saiu com uma derrota por uma bola a zero. Ao olharmos para o lote de equipas que permanecem na Libertadores, é inevitável considerar que o Boca se trata de um dos favoritos. As gentes do bairro de La Boca sabem que a sua equipa tem condições para chegar longe na competição e admitem negligenciar a competição no plano interno se isso permitir que a equipa esteja inteiramente disponível e focada no que toca ao envolvimento na prova continental. Com o encontro diante dos uruguaios do Nacional no horizonte (dia 12), o Boca Juniors não se quer prestar a grandes riscos no torneio interno, até porque se prepara para defrontar uma equipa que deixou o Corinthians pelo caminho nos oitavos-de-final.
Bentancur, Colazo e Osvaldo voltaram a treinar sem limitações esta semana, mas Guillermo Barros Schellotto prefere não arriscar e é provável que deixe os três jogadores fora desta partida.
Onze Provável: Guillermo Sara, Molina, Tobio, Rolín, Silva, Carrizo, Chicco, Pavón, Messidoro, Palacios, Benegas
Eliminado da Libertadores, o Huracán concentra-se na disputa do torneio argentino com o intuito de assegurar um lugar na próxima edição da prova continental. Alcançar o Lanús, líder da zona 2, já é uma utopia, mas o técnico Eduardo Domínguez crê que o Estudiantes (sete pontos de vantagem) ainda está ao alcance. Nesse sentido, segundo o diário “Olé”, o Huracán desloca-se à Bombonera com a equipa mais forte que tem à sua disposição. O plantel é curto e o calendário foi bastante apertado nos últimos tempos, mas tal facto não retira ambição a esta equipa que quer vencer num dos palcos históricos do futebol sul-americano.
O “carrasco” do Huracán na Libertadores foi o Atlético Nacional, adversário com o qual já tinha medido forças durante a fase de grupos. Depois de um empate sem golos na primeira mão da eliminatória (0-0), o Huracán foi a Colômbia perder por quatro bolas a duas numa partida que fica marcada pela má arbitragem de José Argote. Para a histórica fica o facto de o Huracán ter conseguido evitar que o Atlético Nacional estabelecesse um novo recorde no que diz respeito ao número de jogos sem sofrer golos para a Libertadores. Ao marcar duas vezes na Colômbia, a formação argentina pôs fim a uma série de seis encontros sem fazer golos. Os últimos dois encontros a nível interno terminaram em desaire, nomeadamente diante de San Lorenzo (1-0) e Racing Club (0-1).
Onze Provável: Marcos Díaz, José San Román, Mancinelli, Hugo Nervo, Balbi, Mariano González, Daniel Montenegro, Mauro Bogado, Matías Fritzler, Cristian Espinoza, Ramón Ábila
Na hora de abordarmos este desafio, é fundamental ter em mente que o Boca Juniors continua a lutar pela Libertadores e prepara-se para disputar a primeira mão dos quartos-de-final na semana que se avizinha. Assim, o técnico Barros Schellotto poderá abdicar de algumas unidades importantes. O Huracán, por sua vez, quer reerguer-se com uma vitória depois da eliminação na Colômbia e viaja à Bombonera com as suas principais unidades. Embora esta conjuntura não faça da formação visitante favorita à vitória, a verdade é que as hipóteses e alcançar um resultado positivo aumentam exponencialmente.