Benfica – Nacional da Madeira (Liga NOS)
Está tudo preparado para a festa do título no Marquês de Pombal e para dar início à festa os Encarnados só têm que fazer igual ou melhor que os rivais de Alvalade. Manuel Machado não vai querer ser saco de pancada mas é um risco que corre qualquer adversário que se atravesse no caminho das Águias. Renato Sanches, castigado, não poderá despedir-se em campo do público da Luz, antes de rumar a Munique.
Este domingo está reservado para a festa do título. Os esquemas de segurança e de condicionamento do trânsito em redor do Marquês do Pombal, as barraquinhas de comes e bebes, já estão de prevenção para a maré Encarnada que vai invadir a praça lisboeta mal soe o apito final. É verdade, e os Sportinguistas não se cansam de recordar, que o negócio ainda não está fechado. Mas poucos acreditam realmente que o Benfica deixe escapar o trigésimo quinto título na receção ao Nacional da Madeira. À partida para a última partida o clube da Luz soma oitenta e cinco pontos, mais dois que o Sporting CP. Os Encarnados dependem só de si mesmos: se vencerem o jogo no Estádio da Luz é irrelevante o que faça o rival. Se não vencer terá que esperar para ver e basta que consiga igual ou melhor que os verdes e brancos, que visitam a Pedreira.
No fundo estamos todos a espera da cereja no topo do bolo que foi esta primeira época de Rui Vitória à frente dos Encarnados. A tarefa não era fácil, sobretudo por ter que lidar com a desconfiança dos adeptos e do próprio plantel, depois da saída do antecessor da maneira que sabemos. A herança de Jorge Jesus era pesada e não ajudou em nada ter o fantasma a habitar e manifestar-se na casa do outro lado da segunda circular. Mas Vitória aguentou-se à bronca, por vezes não conseguindo evitar entrar em diálogo com Jesus, e sob todos os aspetos saiu reforçado. Os títulos mantêm-se – além do campeonato há a hipótese muito concreta de no próximo fim de semana arrecadar também a Taça da Liga – introduziu sangue novo na equipa, promovendo talentos de produção caseira, e ainda alcançou os quartos de final da Liga dos Campeões, coisa que Jesus sempre disse não ser compatível com o esforço para ganhar a Liga. E, inevitavelmente, ficará para sempre associado à rentabilização relâmpago de Renato Sanches, que correspondeu em cheio à sua aposta nele. O médio parte para o Bayern e o Benfica faz um excelente encaixe. E ao que parece pode não ser o único. Por estes dias voltam as conversas de que Nico Gaitán estará de saída, tendo como destino Espanha ou a Premier League.
Júlio César e Nuno Santos ficam de fora por lesão; Eliseu e Sanches por castigo. Gaitán está condicionado mas dado que é o jogo do título deve entrar de início e depois logo.
Onze Provável: Ederson – André Almeida, Lindelof, Jardel, Grimaldo – Pizzi, Fejsa, Samaris, Gaitán – Jonas, Mitroglou.
O Nacional da Madeira está num confortável décimo lugar na tabela classificativa, com trinta e oito pontos. Já não precisa de se matar na última jornada, por assim dizer, mas os jogadores vão dizendo que não querem ir à luz fazer de corpo presente. Jogadores como Salvador Agra recusam ir à Luz de cabeça baixa, submissos ao favoritismo dos Encarnados. O Nacional há de ter uma palavra a dizer e o Benfica pode esperar uma equipa muito organizada, como são sempre as orientadas por Manuel Machado.
Ainda assim, a equipa madeirense leva quatro jogos sem vencer. Depois de três derrotas consecutivas – que começaram com a ida ao Dragão (4-0), a que se seguiram Moreirense (0-1) e Arouca (3-0) – garantiu uma igualdade na Choupana, no passado domingo, durante a visita do Belenenses (2-2).
Román, Willyan e Ali Ghazal são as baixas no plantel do Nacional para este encontro.
Onze Provável: Ruis Silva – João Aurélio, Rui Correia, Alan Henrique, Sequeira – Luís Aurélio, Boubacar, Washington Silva – Witi, Soares, Salvador Agra.
Nacional | 1-4 | Benfica |
Liga NOS 15/16
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Benfica | 1-0 |
Taça da Liga 2015/16
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O Benfica venceu doze dos treze últimos encontros com o Nacional da Madeira e é preciso recuar até 2010 para encontrar a última vitória dos madeirenses.