A jornada da Páscoa, na Liga NOS, ficaria marcada por um dos jogos que era, antecipadamente, visto como fundamental na luta pelo título. Em conjunto com o Sporting – Benfica que se jogará na próxima semana, o Braga – FC Porto ajudaria a perceber o nível dos portistas na perseguição aos encarnados. Finalizada a jornada, percebe-se que os azuis e brancos cederam (ainda que não totalmente), dando margem aos encarnados para jogarem em Alvalade com outro à-vontade.
Porto de equívocos
A Pedreira, em Braga, aparecia no calendário de jogos a cumprir pelo FC Porto até ao final da temporada como o terreno onde tropeçar poderia ser mais evidente. Jorge Simão tinha, no dia anterior, tentado adivinhar as opções tácticas de Nuno Espírito Santo, mas viu que se enganara quando o onze portista manteve a estrutura mais utilizada. Mas as coisas pioraram para os portistas ao terem sofrido um golo logo nos primeiros minutos do encontro. O Braga acabou a dominar todos os primeiros quarenta e cinco minutos de jogo e, não fosse ter desperdiçado um pénalti já perto do intervalo, as esperanças do Porto poderia ter, bem cedo, caído por terra.
O FC Porto tentou rectificar a situação com a saída de Óliver Torres, para dar entrada a Jesus Corona, conseguindo como efeito imediato alcançar o empate com golo de Tiquinho Soares. No entanto, desesperado por conseguir um segundo golo, o técnico acabaria por retirar de campo também Brahimi para lançar Otávio, numa opção que praticamente deixou sem criadores o onze azul e branco. O Braga festejava a conquista de um ponto frente a um grande, ainda que, em termos práticos, isso o tenha feito também cair na tabela classificativa, onde foi ultrapassado pelo Vitória de Guimarães. Mas com o grande prejudicado da noite a ser o FC Porto, a mensagem que fica é a dos equívocos num caminho errático que, ainda assim, não o tem afastado do título.
Benfica força a vitória, Sporting mais perto
Foi uma vitória fácil para os encarnados que, no entanto, têm todo o mérito na forma como se superiorizaram a um adversário que apareceu de linhas recuadas. Daniel Ramos quis dificultar a vida ao Benfica, mas acabou por lhe oferecer imenso espaço para que este construísse a sua vantagem. O primeiro golo demorou mais de meia-hora a chegar, com oportunidades a sucederem-se e Charles a atrasar o que parecia uma evidência. Mas depois de um autogolo de Luís Martins ter aberto as portas para a vantagem encarnada, não foram precisos mais de dois minutos para ver Jonas fazer o 2-0. Aliás, foi de novo o brasileiro, ainda antes do intervalo, quem aumentou a contagem para os finais 3-0.
Para o Sporting, a viagem até Setúbal acabou por ser tranquila e agradável, conseguindo rapidamente desarmar os potenciais perigos de uma equipa vitoriana muito competitiva. Gelson Martins aproveitou uma desatenção da defensiva sadina para abrir o marcador aos 20 minutos, com os outros golos a surgirem na segunda parte, por intermédio de William Carvalho e Bas Dost. O Sporting perdeu Marvin para o dérbi da próxima semana, devido a cartão amarelo, mas a sucessão de vitórias vem-lhe permitindo um aproximar dos primeiros lugares. Agora a oito pontos do Benfica e a cinco do FC Porto, a crença de que ainda será possível alcançar a entrada directa na Liga dos Campeões permite ao Sporting ir à procura de uma vitória frente ao seu grande rival.
Boas Apostas!