O Benfica deslocou-se até Portimão para para cumprir o jogo da 15ª jornada, depois da folgada vitória (6-2) diante do Sporting de Braga. Tanto golo no Estádio da Luz, para depois não sobrar nada para a deslocação a Portimão. Um Benfica que apenas não passou totalmente despercebido porque foram os próprios encarnados a marcarem os golos do Portimonense. Rúben Dias, primeiro, e depois Jardel, encarregaram-se de fazer os dois golos com que a equipa de Portimão venceu o jogo. Assim, as águias saíram do Estádio Municipal de Portimão com uma derrota, sem qualquer golo marcado, e muito mal na fotografia.

Da luz às trevas

correio da manhã

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O Benfica vinha de uma série de de 5 vitórias consecutivas, em jogos a contar para o campeonato. No entanto, os resultados estavam a ser o melhor que os encarnados vinham a conseguir. As exibições eram pálidas, duas dessas vitórias foram por magro (1-0), quer no Bonfim, quer mesmo no Estádio dos Barreiros. Até mesmo contra o Montalegre, em jogo a contar para a Taça de Portugal, a receita não foi diferente, e o Benfica voltou a sofrer para “segurar” o (1-0).

No jogo com o Sporting de Braga, o Benfica “viu a luz”, e com ainda hoje é preciso perceber onde começou o mérito dos encarnados e o demérito do Sporting de Braga. A verdade é que houve mais Benfica, e a vitória foi completamente justa, com o Benfica a surgir uns bons furos acima do normal, contra um Sporting de Braga irreconhecível.
Veio o jogo com o Desportivo das Aves, e novamente uma exibição “qb”, e em serviços mínimos, uma vez que o empate chegava, e foi mesmo o resultado do jogo (1-1). Voltava assim o Benfica “afilito” de serviços mínimos, e esperava-se que a qualquer momento poderia “tropeçar”.

Foi o que aconteceu em Portimão. Já se sabia que seria preciso muito mais Benfica para anular, desde logo a qualidade ofensiva dos algarvios, mas também seria preciso mais inspiração no capítulo ofensivo. No entanto, Rúben Dias fez o primeiro aos 12 minutos, mas na sua própria baliza, depois de um haver falta de comunicação entre Vlachodimos e o central. Ao minuto 38 Jardel faz o mesmo que o seu colega, mas desta vez até de forma caricata. O central brasileiro tem todo o tempo para cortar e desviar a bola da baliza, mas acaba por introduzi-la na baliza.

O indefectível

O indefectível

Esperava-se uma forte reacção dos encarnados, e embora tivessem oportunidades para marcar, foi Vlachodimos a ser protagonista a impedir por várias vezes o (3-0). Muita luta, pouca inspiração, muita ansiedade, e no final mais lenços brancos para Rui Vitória, e até críticas para o presidente Luís Filipe Vieira.

O Benfica passou em poucos dias da luz às trevas, depois de um (6-2) perante uma das melhores equipas do campeonato, para um (2-0), onde mais do que o resultado ficou a pálida imagem da equipa ainda orientada por Rui Vitória.

E agora Rui Vitória?

sapo desporto

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Esta é a pergunta a que muitos adeptos do Benfica esperam uma resposta. O treinador dos encarnados já não era consensual entre os adeptos, logo no início da temporada. A forma como as águias perderam o campeonato, na temporada passada, a decepcionante prestação na Liga dos Campeões, e o início tremido nesta temporada, têm somado pontos negativos para o treinador ribatejano.

Além de tudo isto, ainda está por “explicar” na cabeça de muitos adeptos encarnados, afinal o que se passou com Rui Vitória, depois do jogo com o Bayern de Munique. Recorde-se que o treinador esteve na porta de saída, mas acabou por ficar. Não seria de estranhar que seria uma questão de tempo, até à se verem novamente lenços brancos, e estamos a falar em 7 vitórias consecutivas, desde esse momento. Mesmo assim os adeptos não “perdoam” o primeiro desaire.

É notório o desgaste que há entre os adeptos e o treinador Rui Vitória, e até quando resistirá o treinador a este ambiente que tenderá a agravar-se nos próximos tempos? São perguntas a  mais e estabilidade de menos, para que tudo possa manter-se como está.

Boas Apostas!