O Benfica destacou-se, durante esta semana, ao vencer o segundo embate da fase de grupos da Liga dos Campeões. O SLB, no decorrer de um jogo onde sofreu bastante, conseguiu mostrar a verdadeira garra do emblema vermelho e branco ao conquistar a primeira vitória, fora de casa, sob os comandos de Rui Vitória.
Águias mostram as garras na Liga dos Campeões
O Benfica encontra-se agrupado no Grupo C, com 6 pontos, fruto de 2 vitórias e com parciais de 4 golos marcados e 1 golo sofrido, sendo então líder isolado neste grupo constituído pelo Atlético de Madrid, Astana e Galatasaray. Foi no Vicente Calderón, um palco bastante propício a quedas dos adversários, que o gigante espanhol, Atlético de Madrid, provou o amargo sabor da derrota, num jogo onde as Águias mostraram muita qualidade, união, coragem, alma e espírito de equipa, que mais tarde se reflectiu na vitória dos encarnados. Pela primeira vez em toda a história, o Benfica vence em terreno espanhol, na Liga dos Campeões, tendo também conquistado a 1ª vitória fora de portas aos comandos de Rui Vitória, algo que também quebrou a série de 24 jogos imbatível do Atlético de Madrid, a jogar em casa.
A principal figura deste embate foi Nico Gaitán, que se viu quase sempre a comandar as investidas em direcção à baliza protegida por Oblak, mostrando-se sempre perigoso e com um brilho especial. O jogo do Atlético de Madrid passou muito por fazer pressão alta à turma de Rui Vitória em zonas subidas, de forma a conseguir que o Benfica perdesse a bola em zonas perigosas. Samaris e André Almeida lutaram bastante pelo domínio territorial, muitas vezes auxiliados por Jonas, que ajudou bastante defensivamente, tal como Gaitán, que ajudou muitas vezes Eliseu, que se viu com algumas dificuldades em conseguir segurar Griezmann e Ángel Correa, que ia caindo muito para este flanco. Do outro lado, o jovem português, Gonçalo Guedes, também mostrou bastante solidariedade em tarefas defensivas para com o colega de equipa Nélson Semedo. Enquanto que Rui Vitória pedia concentração aos seus jogadores, Diego Simeone pedia uma maior intensidade e mais velocidade na troca de bola, enquanto isto, ambas equipas procuravam incansavelmente o golo, sendo o Atlético de Madrid o mais perigoso. Foram mesmo os espanhóis que se colocaram na liderança do marcador, onde ao minuto 23, os Rojiblancos meteram mais velocidade na troca de bola e Juanfran descobriu Griezmann, que deu de primeira para Ángel Correa que bateu Júlio César.
Saber gerir para vencer
Após o golo, os encarnados sofreram alguns momentos de sufoco, onde podiam ter sofrido mais alguns golos, no entanto, a turma de Rui Vitória sacudiu a pressão da melhor maneira. Foi no minuto 36 que Nélson Semedo cruzou a bola para dentro de área, e após um corte de cabeça, a bola sobrou para o 2º poste, onde Nico Gaitán aparece sozinho e, sem pestanejar, fuzila a baliza de Oblak, igualando assim o marcador. Chegando o intervalo, e estando o empate instalado no marcador, este era um jogo que prometia muito para o segundo tempo. Segundo tempo esse que mostrou um Atlético de Madrid a pressionar muito e a procurar o golo, no entanto, foi o Benfica quem se colocou primeiro em vantagem. Foi ao minuto 51 que Nico Gaitán, ao explorar a ala esquerda, tirou um cruzamento para dentro de área, o defesa Luís Filipe falhou no corte, e o jovem Gonçalo Guedes, de angulo reduzido, colocou as Águias em vantagem, fazendo a reviravolta. Nos minutos seguintes, os Rojiblancos lançaram fortes investidas à baliza encarnada mas Júlio César mostrou presença e transmitiu segurança. A turma de Rui Vitória teve que sofrer bastante até ao fim do jogo para conseguir sair do Vicente Calderón a sorrir. O Benfica sofreu, cerrou as fileiras e no apito final, os 3 pontos vêm para Portugal e os encarnados colocam-se na liderança isolada do Grupo C.
Num Estádio sempre complicado, contra um colosso espanhol, a turma de Rui Vitória levou a cabo uma reviravolta que ficará para a história. O técnico português está de parabéns pela forma como preparou os seus jogadores para este embate. Apesar deste triunfo não garantir o acesso à próxima fase, vencer este jogo frente a uma equipa respeitada internacionalmente é sempre bom, pois traz confiança para o grupo e tranquilidade no trabalho. Sem dúvida, esta foi uma noite de glória europeia, uma noite à Benfica.