O Benfica, representante nacional nesta fase preliminar, vestiu o “fato de gala”, exibiu toda a sua superioridade em Salónica e assegurou o acesso à fase de grupos com toda a legitimidade. Duas das seis equipas apuradas para a fase de grupos da Liga dos Campeões 2018/19 via “play-off” vão cumprir as suas estreias absolutas na fase final da competição sob o atual formato.

Águia (muito) mais forte

Foto: "SL Benfica"

Foto: “SL Benfica”

O guardião Paschalakis, os postes e o desacerto dos dianteiros “encarnados” livraram o PAOK de viajar para a Grécia em desvantagem após o jogo na Luz, mas a história nãos e repetiu por duas vezes. O PAOK conseguiu “sufocar” o Benfica nos primeiros minutos do desafio em Salónica e até se adiantou no marcador, mas a tarefa “encarnada”, na altura em que se viu em desvantagem na Grécia, era exatamente a mesma que à entrada para o desafio: chegar ao golo. Jardel empatou a partida volvidos alguns minutos na sequência de um pontapé de canto e deu o tónico ideal para a reviravolta, consumada por Salvio na cobrança de uma grande penalidade depois de Cervi ter sofrido uma grande penalidade cometida pelo guarda-redes Paschalakis. Pizzi dilataria a vantagem ainda antes do intervalo e no início do segundo tempo, se os helénicos ainda estavam esperançados na conquista daquilo que seria um autêntico milagre, Jardel foi impedido de chegar à bola no interior da área e, chamado a bater, Salvio, ausente do encontro da primeira mão, voltou a não perdoar. No inferno do Toumba, os “encarnados” diabolizaram o PAOK e asseguraram o acesso à fase seguinte com todo o mérito, encaixando nada mais nada menos que 43 milhões de euros.

Duo estreante

32 anos depois, o Young Boys voltou a sagrar-se campeão suíço e interrompeu a hegemonia do Basel. Na luta pela primeira presença de sempre na fase de grupos da prova de clubes mais importante da Europa, o conjunto de Berna  foi ao Stadion Maksimir, em Zagreb, resgatar o acesso à fase de grupos depois de uma igualdade a uma bola na primeira mão. Izet Hajrovic até adiantou o Dínamo no desafio logo aos sete minutos, mas Guillaume Hoarau assegurou um lugar na história do clube ao apontar dois golos no espaço de dois minutos (64′ e 66′) e colocar a equipa pela primeira vez na rota milionária.

Por último mas não menos importante e igualmente heróico, o Estrela Vermelha, um ex-campeão europeu sob o jugo jugoslavo, alcançou um apuramento com contornos de epopeia: o campeão sérvio empatou sem golos em Belgrado, resultado que não impediu que dez mil sérvios (!) marcassem presença nas bancadas da Red Bull Arena, em Salzburgo. O jogo até começou de feição para os “búfalos” austríacos que se adiantaram no marcador com dois golos de Moanes Dabour no final da primeira parte e no início da segunda. O Estrela Vermelha não desistiu de tentar chegar ao golo e Ben Nabouhane, médio de 29 anos natural das Ilhas Comoros, faria dois golos no espaço de um minuto (65′ e 66′) e apuraria a equipa sérvia para a fase de grupos da Liga dos Campeões, despoletando uma invasão de campo “à antiga”.

O registo da equipa austríaca em fases preliminares da Liga dos Campeões – que em caso de apuramento também seria estreante – é assombroso pela negativa com dez eliminações consecutivas: Valência (2006), Shakhtar (2007), Maccabi Haifa (2009), Hapoel Tel-Aviv (2010), Dudelange (2012), Fenerbahçe (2013), Malmo (2014), Malmo (2015), Dínamo Zagreb (2016), Rijeka (2017) e Estrela Vermelha (2018).

Para além destes três emblemas apurados via “play-off”, Hoffenheim e Lokomotiv Moscovo também farão as suas estreias na prova.

AEK de regresso

Os atenienses do AEK desceram ao inferno nos últimos anos, caindo inclusive pela primeira vez no segundo escalão do futebol helénico, mas a formação amarela e negra da capital grega está de regresso aos tempos de glória. Depois de se ter sagrado campeã na última época, assegurou o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões sob o atual formato pela primeira vez em toda a sua história ao deixar para trás os escoceses do Celtic e os húngaros do Vidi FC. Para além do prestígio desportivo, o encaixe financeiro que o acesso permite será determinante para a vida do clube que conta com os portugueses Hélder Lopes e André Simões.

Holandeses cumprem

A vitória por três bolas a uma em Amesterdão deixava o Dínamo de Kiev em ótima posição para seguir em frente na fase preliminar da Liga dos Campeões. Os “Godenzonen” foram à capital ucraniana empatar sem golos e estão de regresso à fase de grupos da Liga dos Campeões com uma equipa recheada de bons valores do meio-campo para a frente.

O PSV Eindhoven já tinha vencido na Bielorrússia por três bolas a duas e repetiu o sucesso na sua arena, levando a melhor por três golos sem resposta com tentos de Steven Bergwijn, Luuk de Jong e Hirving Lozano.

Boas Apostas!