Uma estreia “dos diabos”. A seleção belga entrou com o pé direito na UEFA Nations League 2018/19 ao vencer a Islândia no Laugardalsvollur, em Reykjavík, por três bolas a zero. Com duas jornadas já disputadas no grupo 2 da Liga A, os “vikings” estão em maus lençóis.
Depois de ter igualado a melhor prestação de sempre de uma equipa belga na fase final de um campeonato do mundo, a talentosa geração sob as ordens de Roberto Martínez estreou-se firmemente no novo modelo competitivo introduzido pela UEFA. Na ausência de Kevin De Bruyne, Eden Hazard, Romelu Lukaku e companhia limitada não deixaram de brilhar e impuseram-se categoricamente na capital islandesa, frente a uma seleção que, após duas jornadas, tem a sentença nesta UEFA Nations League praticamente lida…
O jogo
A seleção belga demonstrou ao que ia desde os primeiros instantes do desafio, predisposta a assumir o jogo e a acercar-se com perigo da baliza defendida por Hanner Halldórsson. O seleccionador Roberto Martínez não relativizou a importância da estreia na UEFA Nations League e levou a jogo as suas principais unidades.
Apesar do domínio instaurado pela Bélgica logo nos minutos iniciais, a equipa islandesa beneficiaria da primeira ocasião para marcar à passagem do minuto 13, por intermédio de Gylfi Sigurdsson. Apostada em surpreender sobretudo no “contra golpe”, a seleção islandesa consentiria o primeiro tento da noite ainda antes da meia hora de jogo. Ingason derrubou Romelu Lukaku dentro da área e Eden Hazard encarregou-se de cobrar a grande penalidade com sucesso. Dois minutos depois, sem permitir que a seleção islandesa esboçasse uma reação ao cenário de desvantagem, Kompany cabeceou, Halldorsson defendeu mas a bola sobrou para Romelu Lukaku aumentar para 0-2. A história repetia-se: tal e qual como três dias antes, no encontro inaugural da competição diante da Suíça, a Islândia já e encontrava em desvantagem por dois golos de diferença antes do intervalo.
A Bélgica demonstrou sempre ter o encontro sob controlo. Um golo islandês no segundo tempo poderia fazer “tremer” a formação forasteira, mas a equipa nórdica pouco fez para consegui-lo, excepção feita a uma tentativa de Gylfi Sigurdsson que esbarrou nas mãos de Courtois. Lukaku, jogador em maior destaque até então depois de ter ganho uma grande penalidade e apontado o segundo golo, viria a reforçar o seu estatuto aos 81 minutos, altura em que finalizou na sequência de um cruzamento de Dries Mertens para o 0-3, colocando um ponto final no desafio. A Bélgica cumpriu e com distinção, frente a uma seleção islandesa que desiludiu nas duas primeiras rondas da Liga das Nações e, a manter-se a tendência, poderá ser uma das equipas relegadas para a Liga B.
Parcial de 0-9…
O primeiro colocado de cada um dos quatro grupos da Liga A apurar-se-á para as meias-finais da UEFA Nations League para discutir o apuramento para o Euro 2020. No caso da Islândia, ao cabo de duas jornadas, seria preciso uma reviravolta histórica para consegui-lo: a equipa nórdica é a única formação do grupo 2 que já disputou dois jogos e perdeu ambos, ainda para mais contando com uma desvantagem de nove golos negativos no “goal average”. Evitar a despromoção à Liga B também não será fácil.
Boas apostas!