BATE Borisov – AS Roma (Liga dos Campeões)
BATE Borisov e AS Roma medem forças nesta segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Na Bielorrússia, os homens da casa tentarão derrotar um adversário italiano pela primeira vez na respetiva história. O objetivo do emblema oriundo da “cidade eterna” passa por prolongar a “malapata” bielorrussa diante de equipas transalpinas, precisando quebrar com um registo impecável dos donos de casa: O BATE ainda não perdeu em casa na atual temporada para a Liga dos Campeões.. Leva três jogos consecutivos sem perder, todos inseridos na fase preliminar da prova.
O BATE Borisov é consensualmente considerado um dos emblemas mais frágeis da prova. Ainda assim, a força caseira de uma formação que caminha firmemente para o décimo (!) título consecutivo a nível doméstico não deve ser desconsiderada. O Bayern Munique que o diga, uma vez que perdeu na Bielorússia em 2012/13, embora esse jogo tenha sido disputado em Minsk. Recorrendo a um caso mais recente para enaltecer o “alerta”, sublinhe-se que o BATE impôs uma derrota ao Athletic Club na fase de grupos na última época (2-1). Quanto a duelos caseiros diante de adversários italianos, o balanço também é manifestamente favorável aos bielorussos dado que conseguiram travar AC Milan (1-1) em 2011/12 e Juventus (2-2) na temporada 2008/09. A longa e desgastante viagem, as temperaturas baixas e o próprio estado do terreno são sempre fatores a considerar neste tipo de deslocações longínquas. Sublinhe-se que o BATE venceu o último jogo disputado em casa nesta Liga dos Campeões, por 1-0, frente aos sérvios do Partizan. Na primeira jornada, o BATE Borisov deslocou-se à BayArena e saiu derrotado por 4-1, resultado que pretende corrigir já nesta segunda jornada.
Curiosamente, este encontro fica simultaneamente marcado pelo reencontro do técnico Rudi Garcia com o BATE Borisov, emblema do qual não guarda boas recordações. É que a primeira vitória em jogos inseridos na fase de grupos da Liga dos Campeões foi precisamente diante de uma equipa orientada pelo atual comandante da Roma, nomeadamente os franceses do Lille. Aconteceu em 2012/13, e o “placard” registo foi de 3-1.
O contexto competitivo do BATE Borisov a nível interno difere consideravelmente do italiano. Disputa-se um “play-off” de apuramento de campeão bem como um “play-out” para aferir quem desce, isto após a realização de uma fase regular. O calendário das provas também é distinto, sendo que o campeonato se encontra a cinco jornadas do respetivo termo. A conquista do título por parte do BATE é já um dado adquirido, uma vez que já leva uma vantagem de 12 pontos para o segundo classificado. Jogou na última sexta-feira e venceu o FC Minsk, terceiro classificado, por 1-2. Aos 31 anos, Vitali Rodionov é o “artilheiro” da equipa. Leva nove golos marcados no campeonato e é baix de vulto para este encontro. Lesionado, tudo indica que será substituído por Signevich no centro do ataque.
Onze Provável: Chernik – Polyakov, Dubra, Milunovic, Mladenovic – Baga, Aleksievich, Hleb – Stasevich, Gordeychuk, Signevich.
O “monumento” saído dos pés de Florenzi no jogo diante do Barcelona correu o mundo. O grande golo do jogador romano permitiu sair da receção ao Barcelona com um empate a uma bola, resultado claramente satisfatório para os italianos. Depois de pontuar contra os “Culés”, a segunda jornada proporciona uma viagem longa para enfrentar aquele que é, à partida, o emblema mais fraco do grupo E.
A AS Roma, que está no sexto posto da Série A com 11 pontos, chega motivada na sequência da goelada aplicada ao Carpi por 5-1. O triunfo surgiu após dois jogos em que a Roma não conheceu o sabor da vitória, nomeadamente diante de Sassuolo (2-2) e Sampdoria (2-1). É na “cidade eterna” que reside o melhor ataque deste arranque do principal escalão italiano e o “score” do último jogo contribui significativamente para isso. Ainda assim, fica um sabor agridoce na hora de abordar esse jogo. Afinal, Totti e Dzeko saíram em dificuldades e deverão falhar esta partida frente ao BATE. Strootman continua de fora e Seydou Keita também integra o lote de indisponíveis.
Onze Provável: De Sanctis – Florenzi, Rudiger, Manolas, Digne – Rossi, Pjanic, Nainggolan – Gervinho, Salah, Iturbe.
A Roma é favorita à conquista dos três pontos. Para isso, terá que fazer melhor que as últimas duas equipas italianas que passaram por Borisov e contornar, simultaneamente, as lesões de alguns elementos importantes. Se vencer, colocará um ponto final na série de seis jogos sem vencer na Liga dos Campeões. Nos últimos quatro jogos que a Roma disputou em contexto de Liga dos Campeões, nunca houve mais que dois golos por encontro. A postura que a equipa assume a nível continental difere daquela que se verifica a nível interno. Apresenta-se num registo bem mais calculista, por sinal.