Mourinho sabia que a visita dos Spurs era uma ameaça, de vários tipos, e o United entrou intenso e a pressionar, para baralhar o adversário. Numa partida bastante equilibrada, valeu ao treinador português o facto do banco voltar a resgatar a equipa. Mais uma vez Anthony Martial entrou para marcar onze minutos mais tarde. O City treme mas não chega a cair e mantem a liderança. O West Ham deixa-se empatar sete minutos para lá dos noventa. Foi assim a jornada dez da Premier League.
Salvos por Martial
Já se está a tornar uma espécie de assinatura deste Manchester United. Que do banco salte alguém – já foi Fellaini ou Lingard mas mais frequentemente a coisa faz-se na alternância entre Rashford e Martial – para fazer o golo decisivo. José Mourinho sabia que a visita do Tottenham era uma ameaça em diversos sentidos e apostou na noção de que a melhor defesa é o ataque. Os Red Devils entraram em força na partida, pressionando e com alta intensidade, para baralhar as ideias do adversário e a estratégia surtiu efeito nos primeiros minutos. À medida que o tempo ia passando o encontro foi ficando mais equilibrado mas essa atitude serviu para por os Spurs em sentido. Aos setenta minutos Anthony Martial rendeu Marcos Rashford e o francês demorou muito pouco para fazer a diferença, num golo que é, todo ele, o modelo ofensivo do United, quando funciona: três passes e a bola está lá dentro.
Romelu Lukaku ficou em branco e as bancadas de Old Trafford começaram a assobiar o avançado, situação que provocou a reação de Mourinho, no final. O português avisou que o belga é intocável na equipa e disse não entender o porquê dessa reação quando foi evidente que o belga “lutou como um animal”, mesmo que no jogo não lhe estivesse a chegar. No final o treinador só tinha elogios para os seus homens, que se entregaram por completo ao jogo, com elevada concentração, para levar de vencido um adversário de alto gabarito.
Com a vitória o United separa-se dos Spurs e mantém a pressão sobre o City.
Cityzens tremem mas não caem
O jogo no The Hawthorns começou a todo o gás e ao fim de quinze minutos já se tinham marcado três golos: Leroy Sané e Fernandinho para os visitantes; Jay Rodríguez para a formação da casa. De certeza que houve quem, também dentro das hostes do Manchester City, achasse que o jogo se estava a inclinar para o desfecho esperado. Raheem Sterling, acabado de entrar para render Bernardo Silva, marcou o terceiro dos Cityzens a meio do segundo período. Mas Matt Phillips, que também saiu do banco no segundo tempo, não quis ficar atrás e já em tempo de descontos reduziu para a margem mínima, provocando algum desconforto na equipa que lidera a Premier League.
Para rematar lembrar apenas que o Watford de Marcos Silva sofreu a segunda derrota consecutiva, desta vez em casa frente ao Stoke City (0-1) e foi ultrapassado na tabela classificativa pelo Liverpool. O West Ham ainda está em estado de choque depois de ter desperdiçado uma vantagem de dois golos, marcados ainda antes do intervalo. Slaven Bilic já devia estar a fazer contas aos três pontos quando Wilfried Zaha, sete minutos para lá dos noventa, fez a igualdade e resultado final.
Boas Apostas!