A seleção australiana participa na Taça das Confederações pela primeira vez desde que “trocou” a zona OFC pela AFC. Vencedora da Taça Asiática 2015, os “socceroos” participam na competição pela quarta vez, mas sabem que dificilmente vão ter uma palavra a dizer nas contas do apuramento a partir do grupo B.
Os jogadores
Tim Cahill já não vai para novo (37 primaveras) e os seus cabeceamentos decisivos já não são tão frequentes quanto isso, mas o jogador que atualmente representa o Melbourne City não deixa de ser uma espécie de “líder espiritual” para esta equipa australiana. Sem o capitão Mile Jedinak, a equipa treinada por Ange Postecoglou apresenta-se sem uma importância referência para disputar esta Taça das Confederações. Ainda assim, e porque a qualidade australiana não se esgota nos pés de Jedinak, a representante da AFC chega à Rússia individualidades interessantes. Para além da experiência conferida pelo “trintão” Mark Miligan, Mathew Leckie, Massimo Luongo, Robbie Kruse ou Tom Rogic são jogadores que têm capacidade para dar dignidade à prestação desta equipa, embora a eliminação na fase de grupos seja o cenário mais provável. É com esta geração que a Austrália encara a participação na Taça das Confederações 2017 e, esperam os australianos, o Mundial 2018.
No último ensaio antes da estreia em solo russo, a seleção da Austrália foi goleada pela congénere brasileiro por quatro bolas a zero, num ensaio em que (quase) tudo correu mal, tanto que aos dez segundos de jogo já se encontrava em desvantagem. Os australianos não foram capazes de contestar a superioridade dos brasileiros e Ange Postecoglou tem muitos aspetos a rever na tentativa de dar equilíbrio a esta equipa.
A caminhada até aqui
2015 foi um dos anos mais importantes na história do futebol australiano, uma vez que ficou marcada pela conquista da primeira Taça Asiática da história dos “socceroos”, curiosamente a jogar em casa. Antes de 2015, o melhor registo dos australianos correspondia a uma final perdida para o Japão.
Na Taça Asiática de 2015, a Austrália avançou para os quartos-de-final na segunda posição do grupo A, suplantada pela Coreia do Sul que venceu os três jogos. A caminha da final, eliminou China (2-0) e Emirados Árabes Unidos (2-0), marcando novo encontro com os sul coreanos no duelo decisivo. A Austrália, também comandada por Ange Postecoglou na data, colocou-se em vantagem ao minuto 45 por intermédio de Massimo Luongo. O sul coreano Heung-Min empatou já em tempo de compensação, mas os anfitriões tiveram forças para reagir ao golpe e venceram graças a um golo de James Troisi no prolongamento.
As expetativas
No grupo B, a Austrália tem a companhia de Alemanha, Chile e Camarões. A campeã do mundo apresenta-se com uma convocatória recheada de caras novas, rejuvenescida, fator que não mexe com o seu favoritismo a garantir o acesso à próxima fase. A equipa chilena, vencedora de duas edições consecutivas da Copa América, é a “outra” favorita a seguir em frente. A seleção camaronesa, vencedora da CAN no início deste ano, surge como terceira força deste grupo B.
Boas Apostas!