A França segue para os quartos de final, depois de bater o Uruguai por duas bolas a zero. Um golo de bola parada e uma asneira de Muslera, foi o que bastou. Sem Edinson Cavani, os Charrúas insistiram muito mas não conseguiram romper as linhas defensivas gauleses. Os uruguaios provaram do veneno que serviram a Portugal: dois erros, dois golos sem possibilidade de retorno.
Cavani sem condições de ir a jogo
Como já era esperado, o Uruguai vai a jogo sem Edinson Cavani. Supostamente, o homem do PSG poderia estar a postos para o próximo jogo mas nesta sexta-feira não tinha ainda condições.
Os sul-americanos entram em força. Logo aos primeiros duelos fica clara a intenção de intimidar fisicamente os adversários, o que já não é novidade. A França não se encolhe e aos poucos vai crescendo na partida. Nos últimos minutos da primeira parte o ascendente começa a ser visível mas o golo não acontece em jogo corrido. É na marcação de um lance de bola parada, aos quarenta minutos, que os gauleses chegam à vantagem. Antoine Griezmann, que marca pela direita, faz uma ligeira paradinha que baralha as marcações individuais. Raphale Varane ganha a frente ao defesa e cabeceia para o fundo da baliza de Fernando Muslera.
Quatro minutos depois, Hugo Lloris preserva a vantagem com uma enorme defesa. Mais uma vez, um livre dá a Martin Cáceres a oportunidade de tentar a sua sorte de cabeça. Diego Godín ainda vai à recarga mas o guarda-redes francês fez bem a mancha e a bola vai disparada para as bancadas.
Muslera enterra Uruguai
O segundo tempo arranca com a iniciativa do Uruguai, que precisa de reverter o golo de Varane. Avança no terreno e vai criando situações de perigo, com cruzamentos para a área. Mas Oscar Tabárez vai ter que mudar alguma coisa para que a equipa ganhe eficácia no aspeto da concretização. Aos cinquenta e nove, o selecionador uruguaio abdica de um número 6 para acrescentar um homem ao ataque. Retira Rodrigo Bentancur e Christián Stuani – uma carta um pouco fora do baralho nesta equipa – e faz entrar Maxi Gómez e Cristián Rodríguez. A energia que estas trocas podiam trazer ao jogo do Uruguai é abafada pelo frango de Muslera, que defende um remate de meia distância de Griezmann para cima e vê a bola passar-lhe, quase me câmara lenta, por cima da cabeça e entrar. A França ganha por duas bolas sem resposta.
Dureza final
Aumenta a agressividade e as quezílias dos uruguaios, que sentem que o encontro lhes escapa por entre os dedos. O árbitro também parece relutante em mostrar cartolinas, o que não ajuda a acalmar os ânimos.
À entrada para os últimos dez minutos, Didier Deschamps faz a primeira substituição troca Corentin Tolisso por Steven N’Zonzi, que se coloca no centro do meio-campo, com Pogba a descair para a esquerda e Kanté para a direita. Kylian Mbappé sai pouco depois, para evitar males maiores. O francês andou pegado com Cebola Rodríguez e Godín, já viu um amarelo e convém não arriscar nova sanção ou uma entrada mais dura. Ainda antes dos noventa também Griezmann é dispensado. O colchonero já tinha dito que lhe ia custar muito jogar com o Uruguai e mesmo tendo tido pé nos dois golos da França nunca festejou de acordo com a ocasião. Diego Godín, companheiro do Atlético, é, inclusive, padrinho da filha de Griezmann, sinal de uma relação de amizade que vai bem fundo.
O Uruguai insistiu bastante mas nunca conseguiu criar chances de golo iminentes. Sem Edinson Cavani os Charrúas provaram do veneno que costuma servir aos adversários – Portugal que o diga. A França traduziu em golos as poucas oportunidades flagrantes de que dispôs e por isso segue em frente.
Boas Apostas!