Continuamos na antevisão da Bundesliga 2016/17 olhando um grupo de equipas que têm percursos históricos que lhes garantem uma especial atenção. Falamos de antigos campeões como o Koln, o Hamburgo, o Werder Bremen ou o Eintracht Frankfurt, mas também do curioso crescimento do Ingolstadt, outro dos casos de clube-imprensa presentes no campeonato alemão.
A construir segurança
A equipa do Koln deixou de ser um clube sólido de Bundesliga há alguns anos, com as consecutivas quedas na 2.Bundesliga a criar muitas dúvidas sobre a capacidade do clube para voltar a atacar objetivos mais exigentes. No entanto, desde a chegada do técnico Peter Stoger, um austríaco que nunca tinha trabalhado fora do seu país, o percurso tem sido ascendente. Depois do título na divisão secundária em 2014, o Koln já completou duas épocas no escalão maior sempre a crescer, tendo sido 9º classificado na temporada passada.
A saída de Gerhardt pode ser razão para alguma fragilização do meio-campo, mas as chegadas de Rausch e Marco Hoger pretenderão dar resposta a esse problema. O principal investimento foi feito na aquisição de Sehrou Guirassy, um jovem francês que atuava no Auxerre, emprestado pelo Lille, pelo que se poderá esperar algum tempo de adaptação. O Koln aposta forte em construir segurança e estabilidade, mas é com juventude que vai preparando o seu futuro.
Que a história nos segure
O Hamburgo sobreviveu a dois anos pelos lugares mais baixos da tabela, tendo no ano passado renascido para o meio da tabela. Bruno Labbadia está ligado a esse sucesso e será com ele como técnico que a equipa pretende continuar em evolução. A evolução, no entanto, não se faz sem muitas mexidas no plantel, numa renovação que pretende dar juventude ao plantel. Alen Halilovic, talento croata que estava ligado ao Barcelona, será o principal trunfo da equipa, que também investiu alto em Bobby Wood, um internacional estado-unidense que tem larga experiência na 2.Bundesliga. Lewis Holtby, Pierre-Michel Lasogga e Johan Djourou continuarão a ser elementos muito importantes na constituição do plantel do Hamburgo.
O Werder Bremen é outro histórico que largou os lugares cimeiros e pretende renovar-se. O técnico Viktor Skprinik tem mantido a equipa constante, mas vê muitas mexidas no plantel a darem-lhe renovados trabalhos para construir o seu onze. Ujah e Vestergaard originaram a entrada de largas somas de dinheiro que ainda estão a ser reinvestidas no plantel. Para já, os elementos que merecem nota de destaque são o defesa senegalês Fallou Diagné, o também defesa, finlandês, Niklas Moisander, e o médio austríaco Florian Kainz. Muita curiosidade para perceber se Laszlo Kleinheisler, depois de um bom Euro 2016, ou Aaron Johansson, regularmente chamado para a seleção dos Estados Unidos, poderão afirmar-se finalmente na equipa verde e branca.
Quando as histórias se confrontam
O Eintracht Frankfurt voltou a conviver com o espectro da descida de divisão, tendo tido em Niko Kovac o técnico que operou a salvação. Mas, tão perto de voltar a perder o estatuto de Bundesliga, exigia-se algumas mexidas que pudessem devolver ao Eintracht a capacidade de ser competitivo e poder lutar pela Europa. Esse poderá ser um objetivo demasiado exigente para a presente temporada, mas as contratações deixam adivinhar uma intenção de criar um estilo mais técnico e “perfumado” em Frankfurt. Omar Mascarell e Jesus Vallejo são dois jovens espanhóis que chegam para estrear na Bundesliga, tal como Ante Rebic, avançado que Kovac já conhece da seleção croata. O sueco Branimir Hrgota também poderá vir a ter impacto na frente de ataque, onde se espera que Haris Seferovic consiga confirmar o estatuto de goleador.
O FC Ingolstadt tem pouco que ver com esta história, sendo resultado da fusão de dois clubes locais em 2004. O investimento feito pela marca Audi no clube permitiu, nos últimos dois anos, uma subida de divisão e o alcançar de 11º lugar na Bundesliga. Este ano, muda de treinador, com Markus Kauczinski a chegar ao topo do futebol alemão num grupo de jogadores que se mantém mais ou menos próximo do do ano passado. Marvin Matip, o mais regular, e Moritz Hartmann, o melhor marcador, continuarão a ser figuras de uma bela história que coloca o conjunto bávaro no caminho de lugares mais elevados na tabela classificativa.
Boas Apostas!