Atlético Nacional – Independiente del Valle (Taça Libertadores)
A cidade de Medellín cobre-se de verde para a decisão da Taça Libertadores. O Atlético Nacional garantiu um empate importante a um na primeira mão desta final, na deslocação a Quito. Mas, apesar de não atravessar a sua melhor fase, o Independiente del Valle provou, ao eliminar na meia-final o Boca Juniors, que é capaz de lutar de igual para igual com qualquer adversário.
O Atlético Nacional não perde uma partida desde 22 de maio – na altura diante do Santa fé (1-0) – somando desde então seis triunfos e sete empates. Portanto é legítimo afirmar que a equipa orientada por Reinaldo Rueda está num excelente momento de forma e com a motivação em alta. São, por isso e pelos pergaminhos, apontados como favoritos a levar para casa a Taça Libertadores de 2016. Mas como o treinador colombiano não se cansou de repetir na antevisão do primeiro jogo, a tradição e o nome não ganham jogos, dando mesmo como evidências as conquistas do Chile na Copa América e de Portugal no Euro 2016.
Com esse pensamento o clube colombiano entrou em campo, em Quito, determinado a justificar no relvado o suposto favoritismo. Orlando Berrío colocou os visitantes à frente no marcador ainda na primeira parte e a vantagem só foi anulada a três minutos do fim, com o golo providencial de Arturo Mina. Não deixa de ser um resultado positivo para o Atlético Nacional que agora tem a possibilidade de trazer a decisão para o seu reduto, frente aos seus adeptos. Dificilmente o clube colombiano volta a ter uma oportunidade destas para somar o segundo título na Libertadores – o primeiro foi conquistado em 89 aos paraguaios do Olimpia.
Não se antecipam alterações no onze da primeira mão, com a exceção da possível troca de Diego Arias por Mejia, que nesse jogo cumpria castigo.
Onze Provável: Armani – Bocanegra, Davinson Sánchez, Alexis Henríquez, Farid Díaz – Sebastián Pérez, Mejia – Berrío, Macnelly Torres, Moreno – Borja.
O Independiente del Valle é um pouco a gata borralheira desta edição de 2016 da Taça Libertadores. É quase como se a equipa equatoriana tivesse aparecido num baile para o qual não foi convidada e acabou por ofuscar os habituais frequentadores da festa. Não só nunca fez nada de monta na Libertadores como nunca conquistou sequer um título no plano doméstico. O mais perto que chegou foi um segundo lugar na Liga Equador, há duas temporadas. Pablo Repetto e seus homens sabem que estão a viver um momento único e tratam de disfrutar do momento. Mas desengane-se quem pensa que não querem ganhar isto. Um clube que já foi responsável pelo afastamento de históricos como River Plate e Boca Juniors não pode ser descartada e acredita que pode medir-se com qualquer adversário.
Na primeira mão, apesar de jogar na condição de anfitrião, o Independiente não pode jogar em casa. O estádio onde joga habitualmente não tinha a lotação exigida para a final da Libertadores e tiverem que se apropriar do Estádio Olímpico de Atahualpa, na capital. Tal como já tinha feito antes o clube doou as receitas de bilheteira às Nações Unidas, para o fundo de ajuda às vitímas dos terramotos no Equador.
Os equatorianos estão há quatro partidas sem vencer. Empataram com o LDU Quito (1-1) e na primeira mão da final da Taça Libertadores; perderam com o El Nacional (5-2) e com o Deportivo Cuenca (1-0).
Onze Provável: Azcona – Nuñez, Mina, Luis Caicedo, Tellechea – Rizotto, Orejuela – Julio Angulo, Sornoza, Cabezas – José Angulo.
Independiente del Valle
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1-1 |
Libertadores 2016
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O único confronto entre os dois emblemas foi o da primeira mão desta final, na passada quinta-feira. Nas rondas anteriores o Atlético Nacional afastou o Rosario Central (1-0, 3-1) e o São Paulo (0-2, 2-1). Nos quartos de final o Independiente del Valle eliminou o Pumas (2-1 em casa, 2-1 fora, 3-5 nas penalidades), do México, e na meia-final ultrapassou o Boca Juniors, vencendo as duas mãos (2-1, 2-3).