Atlético Nacional – Huracán (Taça Libertadores)
A segunda mão dos oitavos-de-final da Libertadores representa o quarto duelo entre Atlético Nacional e Huracán na atual edição da prova. Colombianos e argentinos defrontaram-se no grupo 4, que corresponde à primeira fase da competição. De entre os emblemas que estão entre o lote de 16 finalistas, o Atlético Nacional foi o que mais pontuou (16) enquanto que o Huracán obteve o pior desempenho desse ponto de vista (8). Uma vez que o regulamento da Libertadores prevê que o melhor primeiro defronte o pior segundo nos “oitavos”, há novo duplo compromisso entre as duas equipas a caminho da final. A primeira mão, no Tomás Adolfo Ducó em Buenos Aires, terminou com um empate a zero.
O percurso do Atlético Nacional na Copa Libertadores coloca a equipa colombiano entre o lote de favoritos a vencer a competição. Inserida no grupo 4, passou aos oitavos-de-final com estatuto de líder ao conquistar 16 pontos em 18 possíveis, 12 golos marcados e zero sofridos. Os “cafeteros” só não conseguiram vencer na derradeira ronda da fase de grupos, ocasião em que receberam o Huracán e a partida terminou empatada sem golos após ter vencido por duas bolas a zero na argentina. O Peñarol, clube que mais vezes conquistou a Libertadores, também não resistiu ao poderio colombiano e perdeu os dois confrontos com este adversário (2-0; 0-4).
A disputa da Libertadores não tem condicionado o desempenho nas provas internas, tanto que o Atlético Nacional é líder do Apertura 2016 apesar de ter menos um jogo disputado que os principais concorrentes. A vitória da última jornada no terreno do Atlético Huila (0-1), conjugada com o desaire do Millonarios, permitiu assumir o primeiro lugar. Reinaldo Rueda, técnico da formação de Medellín, promoveu várias alterações na equipa tendo em vista o encontro que se avizinha, frente ao Huracán.
Onze Provável: Franco Armani; Daniel Bocanegra, Felipe Aguilar, Dávinson Sánchez, Farid Díaz; Sebastián Pérez, Alex Mejía; Alejandro Guerra; Orlando Berrío, Jonathan Copete e Luis Carlos Ruiz
Sensivelmente duas semanas após a última visita, o Huracán regressa ao Atanasio Girardot. O ponto garantido em virtude de um empate sem golos permitiu avançar para os oitavos-de-final. Foram 90 minutos de muito sofrimento para a equipa argentina, que foi capaz de suster o maior ascendente colombiano e teve no guarda-redes Marcos Días um elemento fulcral.
Após um empate a zero em casa, o Huracán sabe que o favoritismo no que toca à qualificação para os quartos-de-final está do lado do Atlético Nacional. À imagem do que aconteceu na partida da fase de grupos, os colombianos vão assumir o jogo desde o primeiro momento e procurar abrir o placard, até porque marcar primeiro é muito importante para o conjunto da casa. É expectável que o Huracán aposte sobretudo numa estratégia de contenção para depois se lançar no contra-ataque com perigo. A equipa vive uma grave crise do ponto de vista ofensivo, tendo em conta que já não marca há 540 minutos, o equivalente a seis jogos.
Eduardo Domíguez, técnico do Huracán, também preteriu de alguns jogadores importantes na última partida do campeonato argentino, diante do Racing Club (0-1). Foi a terceira derrota de modo consecutivo para “El Globo” no torneio argentino, sempre pelo mesmo “score”: 1-0.
Onze Provável: Marcos Días, José San Román, Federico Mancinelli, Hugo Nervo, Luciano Balbi, Mariano González, Daniel Montenegro, Mauro Bogado, Matías Fritzler, Cristian Espinoza, Ramón Ábila
Embora o Huracán tenha conseguido suster os colombianos em duas das três ocasiões em que se defrontaram na atual edição da Libertadores, é difícil perspetivar outro cenário que não o de uma vitória dos colombianos. O Atlético Nacional joga em casa, está a trilhar um bom percurso na competição e dispõe de bons argumentos para chegar longe na competição. A equipa está confiante e fresca do ponto de vista físico, dado que Reinaldo Rueda procedeu a várias alterações no último encontro para o Apertura colombiano. A menos que se verifique uma surpresa, o Atlético Nacional tem tudo para vencer e carimbar o passaporte para os quartos-de-final.