O Arsenal fez uma das melhores exibições da temporada e impôs-se em campo aos pupilos de Simeone. Mas o Atlético de Madrid, a jogar com menos um desde os dez minutos, aproveitou um deslize defensivo para igualar a partida e garantir um golo no Emirates. Na outra meia-final, o Marseille traduziu o seu ascendente sobre o RB Salzburgo, ainda que o primeiro golo, de Thauvin, tenha envolvido o braço. Grandes segundas mãos em perspetiva.

Arsenal terá que marcar no Wanda

Aos dez minutos o defesa viu o segundo amarelo e os Colchoneros passaram a jogar com dez.

Aos dez minutos o defesa viu o segundo amarelo e os Colchoneros passaram a jogar com dez.

O Arsenal fez, porventura, a sua melhor exibição da temporada na noite de quinta-feira. Arsène Wenger, em processo de despedida, estava muito ciente de que seria necessário dar tudo para ganhar vantagem sobre os Colchoneros. Teve uma pequena ajuda do adversário já que pouco depois dos dez minutos de encontro já o Atlético de Madrid jogava só com dez elementos e tinha o treinador a assistir das bancadas, andando de um lado para o outro como um tigre enjaulado.

Os Colchoneros entraram em campo decididos a intimidar os elementos mais criativos e móveis do Arsenal e as faltas do croata cumpriam essa função. Os cartões são inteiramente justificados, ainda que Diego Simeone não entenda assim. A pior consequência é que estas expulsões significam ausências também para a próxima semana.

Quando Alexandre Lacazette abriu o marcador, já a segunda parte ia avançada, parecia que o Arsenal podia ainda construir um resultado confortável, para enfrentar a segunda mão em Madrid. Mas o Atlético, equilibrado e com voz de comando forte com a entrada do capitão Gabi, estava no seu habitat natural. Concentração defensiva, à espera do erro para explorar no contra-ataque. Já antes Antoine Griezmann tinha ameaçado mas aos oitenta e dois minutos o francês aproveitou a maneira displicente como Laurent Koscielny abordou uma bola longa para enfiar a bola por entre as pernas de David Ospina. Aaron Ramsey ainda esteve perto de repor a vantagem mas Jan Oblak negou-lhe o ensejo. Assim, o Arsenal terá necessariamente que ir ao Wanda Metropolitana marcar. Ora, em vinte e seis partidas que os Colchoneros disputaram em casa esta época, concederam apenas nove golos. Não é tarefa nada fácil.

Payet empurra Marseille para a frente

Dimitri Payet esteve na origem dos dois golos do Marseille.

Dimitri Payet esteve na origem dos dois golos do Marseille.

O triunfo do Marseille não se discute, ainda que o primeiro golo, de Florian Thauvin, tenha sido marcado com a ajuda do braço. A superioridade do conjunto francês foi mais ou menos evidente ao longo do encontro. Dimitri Payet está nos dois lances de golo e é, sem dúvida, a figura mais influente da equipa gaulesa. No primeiro, marcou o livre que Thauvin cabeceou; o segundo resultou da sua combinação com Clinton N’Jié. O camaronês precisou de apenas três minutos em campo para se estrear a marcar e alargar a margem com que o Marselha segue para a Áustria na próxima semana. O RB Salzburgo tem argumentos para se sentir injustiçado. Além do golo marcado à revelia das regras, ainda ficou um penalti por assinalar de Max Lopez sobre Stefan Lainier, no início do segundo tempo.

Estão reunidas as condições para duas segundas mãos muito disputadas. O Arsenal vai passar as passas do Algarve para marca em Madrid, mas não tem outro caminho. E o Marseille não se pode fiar nos dois golos que leva na bagagem. Este Salzburgo, quando embala, pode ser explosivo.

Boas Apostas!