Três dos quatro finalistas da Liga Europa 2016/17 só foram descobertos com recurso a “horas extra”. Em Gelsenkirchen como em Istambul ou Manchester, as decisões prolongaram-se para lá dos 90 minutos.

A valentia do Anderlecht

Foto: "AFP/Getty Images"

Foto: “AFP/Getty Images”

O Anderlecht só pode estar orgulhoso do percurso trilhado na atual edição da Liga Europa. A equipa belga caiu com toda a dignidade no “Teatro dos Sonhos”, em Old Trafford, mas não sem mostrar ao Manchester United que o empate registado na primeira mão estava longe de sentenciar a eliminatória. Henrikh Mkhitaryan, arménio que também tinha marcado no encontro da primeira mão, inaugurou o marcador à passagem do minuto 10, com Sofiane Hanni a empatar por volta da meia hora, concluindo um lance confuso na área inglesa. O empate a um golo (2-2 no agregado) deixava a eliminatória completamente em aberto e o guarda-redes Rúben Martínez matinha o sonho belga bem vivo. Foi preciso chegar ao minuto 107 para o Mnachester United voltar a passar para a frente da eliminatória, num momento de plena redenção protagonizado por Marcus Rashford, jovem que na etapa final do desafio tinha desperdiçado uma oportunidade clamorosa na cara do guardião contrário. O Manchester United segue o seu caminho rumo a Estocolmo, mas a sua estrela sueca não teve uma noite particularmente feliz, abandonando o terreno de jogo aos 90 minutos com queixas no joelho. De resto, o avançar do relógio prejudicou mais o Anderlecht que o Manchester United, pelo menos a julgar pela resposta física dada pelos elementos de uma e outra equipa.

Talisca fez a Vodafone Arena sonhar

Desta feita, o embate entre Besiktas e Lyon ficou marcado pelos melhores motivos, contrariamente ao que tinha acontecido na primeira mão. Na Vodafone Arena, Anderson Talisca – brasileiro emprestado pelo Benfica ao Besiktas – foi a estrela da noite. O companheiro de Ricardo Quaresma no onze da equipa turca bateu Anthony Lopes por duas vezes, com Alexandre Lacazette – passe sublime de Gonalons – a marcar pelo meio.  A vantagem otomana “atirava” a decisão para lá dos 90 minutos. Nos 30 complementares, as duas equipas demonstraram sempre mais medo de sofrer do que vontade de marcar, levando a definição para a marcação de grandes penalidades. O português Anthony Lopes foi defendido ao defender duas grandes penalidades, silenciando o “inferno” turco.

Viergever mostrou o caminho

Tudo parecia correr mal ao Ajax na Veltins Arena, em Gelsenkirchen. A margem de vitória (2-0) no encontro da primeira mão, em Amesterdão, abria boas perspetivas para a formação holandesa. Aos 53 minutos, Leon Goretzka fez o primeiro golo dos “mineiros”, colocou o “império azul” em êxtase e Guido Burgstaller aproveitou a corrente para igualar a eliminatória volvidos três minutos. A dez minutos do fim, nova contrariedade para os pupilos de Peter Bosz, com a expulsão de Joel Veltman. Se o cenário já era negativo, pior ficou aos 101 minutos, com o golo de Daniel Caligiuri que deu vantagem aos donos da casa pela primeira vez na eliminatória. O momento que definiu a eliminatória aconteceu aos 111 minutos, com Nick Viergever a marcar o golo que devolvia o Ajax à dianteira da eliminatória. Amin Younes, em cima do apito final, estabeleceria o resultado final ao aproveitar o desespero da equipa local na tentativa de marcar um golo que permitisse seguir em prova.

Confirmação em Genk

O Genk, outro representante belga nos quartos-de-final para além do Anderlecht, também ficou pelo caminho. O Celta de Vigo foi à Cristal Arena confirmar a qualificação para as meias-finais graças a um empate a uma bola, complementando a vitória no Balaídos por três bolas a duas. O dinamarquês Pione Sisto voltou a marcar ao Genk, abrindo o ativo aos 63 minutos. O empate foi apontado por Leandro Trossard volvidos quatro minutos e o resultado não viria a sofrer alterações, com os homens de Eduardo Berizzo a susterem as pretensões da equipa local.

Boas Apostas!